O Fascismo não era agnóstico


O Estado fascista não é agnóstico... O Estado fascista tem a sua moral, a sua religião, a sua missão política no mundo, a sua função de justiça e, ainda, a sua tarefa económica. Portanto, o Estado fascista deve defender a moralidade do povo, deve professar e proteger a religião verdadeira, isto é, a religião católica, deve cumprir no mundo a missão de civilização destinada aos povos de alta cultura e grandes tradições, deve fazer justiça entre as classes, deve promover o aumento da produção e da riqueza, operando, quando convém, com a possante mola do interesse individual, mas intervindo com a própria iniciativa.

Alfredo Rocco in «La trasformazione dello Stato», 1927.

A Hierarquia é celestial, a Igualdade é infernal


Aquele que criou e governa todas as coisas, dispôs com a Sua providencial sabedoria que as coisas inferiores ajudadas pelas medianas e estas pelas superiores, alcançassem todas o seu fim. Por isso, assim como no Céu quis que os coros dos Anjos fossem distintos e subordinados uns aos outros, e na Igreja instituiu graus nas ordens e diversidade de ministérios, de tal forma que nem todos fossem apóstolos, nem todos doutores, nem todos pastores (I Cor. XII, 27); assim também estabeleceu que haveria na sociedade civil várias ordens diferentes em dignidade, em direitos e em poder, a fim de que a sociedade fosse, como a Igreja, um só corpo, compreendendo grande número de membros, uns mais nobres que os outros, mas todos mutuamente necessários e solícitos ao bem comum.

Papa Leão XIII in encíclica «Quod Apostolici muneris», 28 de Dezembro de 1878.

A confissão de um democrata sincero


Se de facto obrigámos os trabalhadores livres a votar quando eles não tinham vontade nenhuma de o fazer, esse gesto foi absolutamente anti-democrático; e se somos democratas, temos a obrigação de nos retratar dele. O que nós queremos respeitar é a vontade do povo, e não os votos do povo; dar a um homem o direito de voto contra a sua vontade é fazer do direito de voto uma coisa mais valiosa do que a democracia que esse direito exprime.
(...)
Assim, um democrata não tem o direito de obrigar milhões de muçulmanos a votar com uma cruz quando eles têm um preconceito a favor do voto com um crescente. E, a não ser que reconheçamos este ponto de vista, a democracia é uma farsa que não deve ser mantida.

G. K. Chesterton in «Disparates do Mundo».

Heróis de ontem, vilões de hoje


Noutros tempos, todo o indivíduo que defendia o território do seu País, que por ele se batia e morria, era um patriota digno e merecedor do respeito e da admiração do inimigo leal e valente. Hoje, porém, as coisas modificaram-se e assim, na China, os chineses que se defendem são "bandidos", na Palestina os árabes são "terroristas" e os nacionalistas espanhóis são "facciosos".

José Gonçalves de Andrade in «O Legionário», 1939.

A felicidade pela renúncia


A felicidade é um estado de satisfação da alma, expressão de harmonia total entre as nossas aspirações e as realidades da vida. E por isso julgo mais simples atingir a felicidade pela renúncia do que pela procura e satisfação de necessidades sempre mais numerosas e intensas. A busca da felicidade exige, com efeito, supomos nós, um contínuo estado de insatisfação.

António de Oliveira Salazar in «Férias com Salazar» de Christine Garnier, 1952.

Heresia da Acção

A idolatria do humanismo sem Deus

Não nos podemos abster de exprimir a nossa preocupação e a nossa ansiedade por aqueles que, por especiais circunstâncias do momento, se deixaram levar pelo vórtice da actividade exterior, assim como a negligenciar o principal dever do sacerdote, que é a santificação própria. Já dissemos em público documento que devem ser chamados a melhores sentimentos quantos presumam que se possa salvar o mundo por meio daquela que foi justamente designada como a "heresia da acção": daquela acção que não tem os seus fundamentos nos auxílios da graça, e não se serve constantemente dos meios necessários a obtenção da santidade, que Cristo nos proporciona.

Papa Pio XII in «Menti Nostrae».

Pela via da honra


Caminha somente pela via da honra. Luta e nunca sejas vil. Deixa aos outros as vias da infâmia. Antes que vencer por meio de uma infâmia, melhor cair lutando sobre o caminho da honra.

Corneliu Zelea Codreanu in «Guarda de Ferro».

Renascença Carolíngia


Para desmistificar a ideia de que a Idade Média era uma idade de trevas:

Se muitos se deixarem contagiar por essa aspiração, criar-se-á na França uma nova Atenas, uma Atenas mais refinada que a antiga, porque, enobrecida pelos ensinamentos de Cristo, superará toda a sabedoria da Academia. Os antigos tiveram por mestres apenas as disciplinas de Platão, que, inspiradas nas sete artes liberais, ainda brilham com esplendor: mas os nossos estarão dotados também dos sete dons do Espírito Santo e superarão em brilho toda a dignidade da sabedoria secular.

Santo Alcuíno em carta a Carlos Magno, citado por Thomas E. Woods Jr. in «O que a Civilização Ocidental deve à Igreja Católica».

Confissão


Os homens receberam de Deus um poder que não foi dado aos anjos nem aos arcanjos. Nunca foi dito aos espíritos celestes: "O que ligardes e desligardes na Terra será ligado e desligado no Céu". Os príncipes deste mundo só podem ligar e desligar o corpo. O poder do sacerdote vai mais além; alcança a alma, e exerce-se não só em baptizar, mas ainda mais em perdoar os pecados. Não coremos, pois, ao confessar as nossas faltas. Quem se envergonhar de revelar os seus pecados a um homem, e não os confessar, será envergonhado no Dia do Juízo na presença de todo o Universo.

São João Crisóstomo in «Tratado sobre os Sacerdotes».

O modelo político de Salazar


Não aspirar ao poder como a um direito, mas aceitá-lo e exercê-lo como um dever; considerar o Estado enquanto representante de Deus para o bem-comum e obedecer, de todo o coração, àquele que foi investido com autoridade; não se esquecer, quando alguém manda, em nome de qual justiça está a fazê-lo e não se esquecer, quando alguém obedece, a virtude sacra daquele que manda. É o poder, livre de qualquer ambição, de obstáculos inoportunos, de revoluções perigosas; é a livre autoridade e o respeito daqueles sobre os quais ela é exercida; é a lei humana enobrecida pela justiça, pelo poder limitado pela lei de Deus e pelos direitos da consciência; é a ordem assegurada pela obediência das almas.

António de Oliveira Salazar, conferência proferida no «I Congresso Eucarístico Nacional», 4 de Julho de 1924.

Que fazer perante um Papa liberal?


A psicologia de um Papa liberal é facilmente compreensível, mas difícil de suportar! Com efeito, põe-nos numa situação muito delicada em relação a tal chefe, seja Paulo VI, seja João Paulo II... Na prática, a nossa atitude deve-se fundar num discernimento prévio, necessário para a circunstância extraordinária que significa um Papa conquistado pelo liberalismo. Eis aqui este discernimento: quando o Papa diz alguma coisa de acordo com a Tradição, seguimo-lo; quando diz alguma coisa contrária à nossa Fé, ou quando sustenta ou deixa fazer algo que põe em perigo a nossa Fé, então não podemos segui-lo! Isto pela razão fundamental de que a Igreja, o Papa e a hierarquia, estão ao serviço da nossa Fé. Não são eles que fazem a Fé, devem servi-la. A Fé não se faz, é imutável, a Fé se transmite.
Por este motivo, não podemos seguir os actos destes Papas, feitos com a finalidade de confirmar uma acção que vai contra a Tradição. Seria colaborar com a auto-demolição da Igreja, com a destruição da nossa Fé!

Mons. Marcel Lefebvre in «Do Liberalismo à Apostasia: A Tragédia Conciliar».