Concílio Vaticano II: pátria doutrinal do Opus Dei


Alguns católicos, enganados com a atmosfera conservadora do Opus Dei, têm vindo a cair no erro de considerar esta prelatura como um braço da Tradição Católica. Nada mais errado! O Opus Dei é aquilo se pode chamar de modernismo conservador. O modernista conservador é aquele pseudo-católico que aceita todas as reformas conciliares e pós conciliares, mas sempre com calma e seriedade, sem radicalismos, nem exageros. Já o modernista progressista, ao contrário, ambiciona cada vez mais por mudanças e novidades. Neste sentido, considero o modernista conservador muito mais perigoso do que o progressista, porque o conservador, ao fazer o mal bem feito, leva à perdição de muitas almas bem-intencionadas que querem fugir dos progressistas. Como diria Chesterton: «O papel dos progressistas é cometer erros continuamente. O papel dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos». Ora vejamos o que diz um bispo do Opus Dei:

Nos textos do Concílio, ouve-se o eco de muitas ideias pronunciadas pelo fundador do Opus Dei, Josemaria Escrivá, por volta dos anos trinta. Todos os Concílios [apenas os dogmáticos] formam uma unidade de magistério, onde não há contradição. Mas – se é que se pode falar assim – dir-lhe-ia que o Opus Dei tem, no Concílio Vaticano II, a sua pátria doutrinal, composta ao mesmo tempo de tradição e novidade.
D. Javier Echevarría in 40 anos do Concílio Vaticano II (2005).

Para trás não se volta?


Bem os ouvimos, tonitruantes ou em voz blandiciosa. Bem os ouvimos, mas não os queremos escutar, recusamo-nos a atendê-los e a ceder.
Eles argumentam com a mudança dos tempos, com o realismo de situações diferentes, com outras mentalidades e necessidades. Os estádios novos não se compadecem, pois, com o Estado Novo...
O mundo já não é o mesmo, dizem eles, o nosso País já não é o mesmo. As pessoas têm outro crer e outro querer. Os costumes, os comportamentos, as modas, o estilo, o ambiente alteraram-se. Há que acertar o passo, há que nos adaptarmos, há que abandonar o que a gente de hoje nega, o que os donos do mundo e da inteligência e do sentimento condenam, o que o dilúvio do pós-guerra submergiu. Uma outra era nasceu, desde o material ao espírito, desde a técnica às consciências, desde a religião à política.
E, então, vá de resistir pelo figurino reinante. Para não ficar para trás, para não ser acusado de passadista e reaccionário, para não sofrer as acusações e as condenações dos que enchem a praça e dominam os areópagos internacionais, agora. Para ser bem visto... A Verdade? O Bem? A Justiça? A Fidelidade? Ora, ora! Temos de ser realistas... E, assim, a Ideia fica atirada às urtigas.
Eles, os práticos e realistas, os que enterram o passado a mil metros do chão incorrupto, despem a alma com a mesma facilidade com que tiram os sapatos, enchendo o ar com a pestilência dos pés e da sua vidinha. Eles namoram a opinião pública e trapaceiam-na, babujam os tornozelos do povo e sujam-no, idolatram o Homem e demitem-no e envenenam-no. Eles não têm fé, nunca tiveram fé, limitaram-se, a todas as horas e sempre, a papaguear as palavras e as ideias que estavam ou estão na moda, vanguardistas da cauda, epígonos-saguís. Debitam palavras e ideias que convenham ao adaptacionismo nojento, as boas como as más, as verdadeiras como as falsas; com os mesmos gestos e tons entusiásticos ou graves, ardorosos ou sensatos. Os espertalhões. Os palhaços.
«Para trás não se volta», argumentam, «o passado está passado». E, portanto, vá de traírem-se a si mesmos, vá de negarem-se, caso eles tivessem, autenticamente, sido alguma vez o que proclamaram. Mas as suas ideias e palavras justas, certas, proferidas algum dia, testemunham contra eles, hoje.
Desculpam-se: reflectiram, observaram o mundo, as coisas, as gentes, os acontecimentos, receberam uma experiência longa, e concluíram que estavam enganados... Mentira! Querem, simplesmente, estar à la page, acertar o passo pelo desconcerto presente, obter a aprovação do que está. Ondeiam como répteis e querem um lugar na nova Babilónia dissoluta.
«Para trás não se volta»? Sofismadores cobardes! Sim, volta-se. Volta-se quando foram abandonadas as virtudes antigas, quando o caminho certo se perdeu. O filho pródigo voltou. Restaura-se o que foi injustamente banido. A independência recobra-se, muita vez. O catolicismo tornou a regiões que a heresia ou falsas religiões tinham submergido. As terras da península hispânica voltaram à cristandade, após o longo domínio muçulmano. Santo Agostinho, que perdera a fé, readquiriu-a com fervor acrescentado. Até a maldita Democracia banida regressou, impante e ditatorial, após a última Grande Guerra. Para esta gente, cortesã da modernidade, Penélope não devia esperar por Ulisses, a pureza expulsa não deve retomar-se, quem assiste à idolatria não deve esperar e lutar pela reconversão à lei de Deus.
Os modernaços! Trinam a Democracia e o Liberalismo, negam os Mestres e a Ideia antiga, renegam o baptismo que receberam. Ou pretendem conspurcá-los em conúbios monstruosos. Falsários e mendazes, calcam, com a botarra ou a pantufa, os símbolos, os signos e os ideais que, noutro tempo, veneraram e ergueram como bandeira luminosa.
Velharias... Mas a Democracia e o Liberalismo não são velhos? Não estiveram expulsos e desacreditados já? O Comunismo e o Anarquismo são mais recentes do que a Nova Ideia que deu asas aos estados e aos povos no segundo quartel do século XX? O Estado Novo é caquético e a Democracia uma adolescente brunida e o Liberalismo uma primavera em flor?
«Para trás não se volta», murmuram-nos, gritam-nos eles, insistentes e arrotando sabedoria. Tecnocratas ou ideólogos da adaptação democratóide e liberalóide, sabotadores do Regime em construção, trânsfugas da Verdade e da Fé, habilidosos saloios, querem destruir-nos o fundamento e abandalhar a alma. Dizemos-lhes que não.
Corajosamente, firmemente, implantados no passado que, tradicionalmente, continua presente para mais altas subidas e mais vastas expansões, mantemos a nossa lealdade, no centro do coração e nas circunvoluções da inteligência e na lâmina fulgurante da vontade. Nesta data do 28 de Maio, proclamamos aos quatro cantos da Pátria, a todos os ventos do globo, que o Passado não morreu!

Goulart Nogueira in «Política», nº 33, 15 de Maio de 1971.

De revolução em revolução: 1820, 1910, 1974...


Pintáveis a nação reduzida à última miséria, para melhor a subjugardes com promessas de grandes felicidades. Ora comparai o estado em que ela se achava, quando fazíeis essas declamações, com aquele em que a deixastes, quando vo-la arrancaram das mãos, morrendo de fome, esgotadas todas as fontes de prosperidade, a dívida pública elevada ao duplo ou triplo, sem comércio, sem indústria, dividida em partidos, perdidas quase todas as possessões ultramarinas, oprimida, e praguejando-vos em altos gritos. Eis a vossa regeneração! Eis o fruto das vossas luzes do século: luzes do inferno, em que as fúrias acendem as suas tochas, para abrasarem o mundo!

José Acúrsio das Neves in «Cartas de um Português aos seus Concidadãos sobre diferentes objectos de utilidade geral e individual», Carta XI, 1823.

O Rei e as Côrtes


Um grupo de pretensos tradicionalistas monárquicos – actuando sobretudo na rede social facebook – tem vindo a divulgar uma inovação doutrinária, na qual o Rei estaria sujeito à vigilância das Côrtes. Mas tal doutrina não tem qualquer paralelo na nossa Tradição. Em Portugal, de D. Afonso Henriques a D. Miguel, sempre as Côrtes tiveram um papel meramente consultivo – excepto em raríssimos casos pontuais – e sempre o Rei foi absoluto Soberano pela graça de Deus, nunca pela "graça" das Côrtes.
Aqui deixo mais um contributo que contraria essa inovação doutrinária:

Côrtes. – Definidas pelo Pe. Bluteau, são um Ajuntamento geral dos que têm voto nas matérias concernentes ao bem-comum do Reino, e particular do Rei. O seu compendiador e adicionador Morais, sem contrair o defluxo que lhe podiam trazer facilmente os ares da América Inglesa, juntou a devida explicação de que era voto consultivo, e não decisivo, de maneira que as Cortes foram instituídas para aconselhar e propor, e não para governar e decidir. Assim o provam uma infinidade de documentos históricos, desde as primeiras Cortes em Lamego, no século XII, até às últimas em Lisboa, no século XVII. (...) Eu tenho lido as cópias fiéis de muitas em diferentes reinados, e agora mesmo eu tenho sobre a mesa onde escrevo, os transuntos das celebradas pelos Senhores D. Afonso IV e D. Pedro I, e examinando o que se passou nelas desde o princípio até ao fim, nenhuns visos encontro de outra soberania, que não seja a d'El-Rei. Queixam-se os povos de Lisboa, do Porto, de Évora, e de outras Cidades, ou Vilas notáveis, e El-Rei defere como lhe parece melhor, e tudo se acaba na paz do Senhor, sem gritarias, nem usurpações da autoridade real. (...) Tenho observado que os Mações trazem muito na boca as primeiras Cortes, e as primeiras do reinado do Senhor D. João IV. (...) Ora pois vamos por partes – Que era o Senhor D. Afonso Henriques antes da batalha do Campo de Ourique? Um Príncipe Soberano, e absoluto do que então se chamou o Condado de Portugal; e um cento de monumentos daquelas eras, assim o mostram clarissimamente... Ora pois o Exército aclamando-o Rei, não lhe deu a Soberania, que já era de seu Pai, e lhe foi transmitida por herança. Logo o Exército nem se quer sonhou, que lhe tirava as suas prerrogativas, antes lhas engrandeceria se necessário fosse... Porém os grandes, os Prelados, e os Representantes da nação, parecem coartar-lhe os seus poderes com aquele – Queremos, ou não queremos – Ah pobre gente Maçónica, que pelo que eu vejo tens de andar sempre às escuras! Quem chamou estas Cortes foi El-Rei, quem as presidio foi El-Rei, e tudo quanto nelas se tratou de mais importante, foi em pró de El-Rei. Tratou ele de segurar a Coroa nos seus descendentes, de impedir que ela passasse nunca a um Príncipe Estrangeiro; e de obstar aos desejos ambiciosos de algum Príncipe natural destes reinos, onde facilmente se podia renovar as cenas lastimosas, em que fora envolvido um D. Garcia, Rei de Portugal, e fez adoptar por aquele Congresso todas as medidas que ele traçara de antemão, e que ora fazia executar na Cidade de Lamego.
D. Frei Fortunato de São Boaventura in «O Mastigoforo», 1824.

Fica assim novamente demonstrado que a doutrina defendida por tais monárquicos não tem qualquer razão de ser na tradição monárquica portuguesa, e lembra, em certa medida, a heresia conciliarista que afirma que um Concílio Ecuménico é superior ao Papa.

Daniel Oliveira: um exemplo de racismo anti-branco


Bem lhes podem fechar a porta. Eles entrarão pela janela. Felizmente tomarão conta das nossas cidades (...). E, se não fôssemos tão estupidamente arrogantes, até fariam qualquer coisa desta Europa aristocrata, falida e snobe. Se tivéssemos aprendido com a América, saberíamos que o futuro é dos melhores. E os melhores são os que partem. Espero que não se integrem na mediocridade nacional. Que venham muitos e façam disto um país. – Daniel Oliveira, semanário Expresso, 2006.

A solução para o envelhecimento e decadência cultural da Europa está nos imigrantes que deixamos naufragar ao largo da nossa costa. Manter a Europa como uma fortaleza não é apenas inviável. Fará definhar este continente dominado pelo medo. – Daniel Oliveira, semanário Expresso, 2015.

Constituição não escrita da Monarquia Portuguesa


Vejamos por esta Constituição que é indestrutível na essência da nossa Sociedade Civil o que é, foi e será o nosso Rei, e quais suas inditas atribuições. Os nossos Reis têm o poder Legislativo; deles imediatamente emana e se deriva toda e qualquer jurisdição. Tiveram sempre o poder de fazer Justiça e de a mandar fazer por seus Ministros. Tiveram sempre o direito de perdoar, de conceder privilégios e recompensas, de dispor dos Ofícios, de conferir Nobreza, de convocar e dissolver as Cortes da Nação, conforme seu poder, prudência e sabedoria lhes dissessem que hão mister de fazer a paz e a guerra, de formar e de reformar os Exércitos. Os nossos Reis como Legisladores supremos, ainda no meio das Cortes que eles convocam e despedem, falaram sempre afirmativamente quando publicaram as Leis que temos escritas.

Pe. José Agostinho de Macedo in «Refutação Metódica das chamadas Bases da Constituição Política da Monarquia Portuguesa», 1824.

Do nativismo brasileiro


Padecem essas nacionalidades [latino-americanas], principalmente no seu ódio romântico à Península, – sua grande madre, as consequências duma longa e persistente infiltração estrangeira. Se nas nações de origem espanhola, mercê duma activa campanha intelectual, o regresso aos caminhos da verdade começou já a acentuar-se, o "nativismo" no Brasil, desprezando, entre outros avisos, o do insuspeito Sílvio Romero, não hesita em quebrar todas as amarras que prendem a pátria brasileira ao passado, – e glorioso passado! –, de Portugal. Chega-se até à extremidade de aclamar como um puro tipo de brasileirismo nascente a Calabar, – um traidor, que não trepidou em abandonar seus irmãos de armas, passando-se para o holandês – para o inimigo!
Nunca o Brasil deve esquecer os aplausos que a colonização portuguesa arrancou a Eduardo Prado, – colonização católica, criadora de povos, tal como a espanhola –, e não simples ocupadora de territórios, onde a caça ao indígena se tornava processo sumário de domínio, – tal como a Inglaterra. Cremos bem que a tendência mental no Brasil se modificará sensivelmente, com mais justiça e mais meditação sobre as lições da História. O esforço de Elísio de Carvalho, com as páginas fortes e sinceras dos seus Bastiões da Nacionalidade, representa já uma sensível modificação do ambiente. Mas a Elísio de Carvalho e aos seus colaboradores da América Brasileira, – que o querido e ilustre camarada nos perdoe a franqueza, talvez um tanto desabrida! –, falta-lhes uma doutrina, uma filosofia. Como nacionalistas, a sua doutrina, a sua filosofia, teria de ser iniludivelmente anti-democrática, ou melhor dizendo, contra-revolucionária. É, de resto, a filosofia que o Brasil já possui nas belas campanhas de Jackson de Figueiredo, meu irmão na mesma dupla fé religiosa e tradicionalista. Mas, ai de nós!, Jackson de Figueiredo participa um tanto da lusofobia dos nativistas, como, com mágoa, concluo da leitura do seu opúsculo Do Nacionalismo na Hora Presente. Aponta justamente aí Jackson de Figueiredo a diferença que há para um americano na revolução, ou seja, "na violenta separação que estabelecemos entre nós e as metrópoles", – diz o autor eminente de Pascal e a Inquietação Moderna –, e a Revolução quando, facto moral e ideológico, importa a negação dos dogmas nacionais, "paralela quase sempre à negação religiosa". O desacordo começa, porém, quando, assinalando ao "português" a sua qualidade de "estrangeiro" no Brasil, o considera no mesmo pé de igualdade que "o francês, o alemão ou o japonês". Eis onde nos distanciamos profundamente, entendendo que o nacionalismo de Elísio de Carvalho, neste aspecto do problema, se coloca mais dentro dos princípios tradicionalistas que o patriotismo alarmado de Jackson de Figueiredo.

António Sardinha in «A Aliança Peninsular».

Como agir perante um mau Papa?


Assim como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, é também lícito resistir ao que agride as almas ou que perturba a ordem civil, ou, acima de tudo, que tenta destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe, não fazendo o que ele ordena e impedindo que as suas ordens sejam executadas; não é lícito, porém, julgá-lo, castigá-lo ou depô-lo, porque estes actos competem a um superior.

São Roberto Belarmino in «De Romano Pontifice», Livro II, Capítulo 29.

Salazar e os novos bispos progressistas

Paulo VI e Salazar

Os nossos bispos estão a desaparecer. Têm quase todos setenta anos, ou perto. Quando desaparecerem, ficam os novos padres, os progressistas, sem disciplina, e desenvolvendo aquela actividade caótica e sem freio que é própria de todo aquele que de repente se sente solto da disciplina a que estava submetido. Vai ser uma tragédia. Estamos como no tempo das lutas entre o Império e o Papado. [19 de Julho de 1965]

Eu não os compreendo. Eu não sei compreendê-los. Monsenhor Rotoli, da Nunciatura, tem razão quando diz que eu não tenho sensibilidade católica. Quer ele dizer que as minhas ideias não são as da maioria de hoje. É verdade. E no entanto nunca na História de Portugal alguém fez pela Igreja mais do que eu. Desde os tempos de D. Pedro I, de D. João V, etc., fui eu quem mais tem protegido e ajudado a Igreja. Mas não me importo. Enquanto não se meterem comigo, não me importo. [12 de Dezembro de 1965]

António de Oliveira Salazar, citado por Franco Nogueira in «Um Político Confessa-se», 1986.

6 de Abril de 1384: Batalha de Atoleiros


Amigos, eu não sei mais que diga do que vos já tenho dito, pero ainda vos quero responder a isso que me dissestes. Quanto é o que dizeis: que os castelhanos são muitos, e vem grandes capitães e senhores com eles, tanto vos será maior honra e louvor de serem por vós vencidos, cá já muitas vezes aconteceu os poucos vencerem os muitos, porque todo o vencimento é em Deus e não nos homens.

D. Nuno Álvares Pereira, na véspera da Batalha de Atoleiros, in «Crónica de D. João I» de Fernão Lopes.

Soneto a Cristo crucificado


Não me move, meu Deus, para Te amar
o Céu que me prometeste,
nem me move o Inferno tão temido
para deixar por isso de Te ofender.

Tu me moves, Senhor; move-me ver-Te
pregado numa cruz e escarnecido,
move-me ver o Teu Corpo tão ferido,
movem-me as Tuas afrontas e a Tua morte.

Move-me, enfim, o Teu amor, e de tal maneira,
que ainda que não houvesse Céu, eu Te amaria,
e ainda que não houvesse Inferno, eu Te temeria.

Nada tens que me dar para que Te queira,
pois mesmo que eu não esperasse o que espero,
o mesmo que Te quero, eu Te quereria.

São João de Ávila