Os cristãos estão impedidos de se defender?


A passagem muito citada "amai os vossos inimigos" (Mateus 5:44; Lucas 6:27) diz "diligite inimicos vestros" e não "diligite hostes vestros"; não é do inimigo político que se fala. Também no combate milenar entre a Cristandade e o Islão nunca um cristão chegou ao pensamento de que, por amor aos sarracenos ou aos turcos, se tinha de entregar a Europa ao Islão, em vez de defendê-la. Não é preciso odiar pessoalmente o inimigo em sentido político e só na esfera do privado faz sentido amar o seu "inimigo", isto é, o seu opositor. Aquela passagem bíblica toca tanto menos a contraposição política quanto mais quer destacar as contraposições entre bem e mal ou entre belo e feio. Sobretudo ela não quer dizer que se deve amar os inimigos do seu povo e apoiá-los contra o seu próprio povo.

Carl Schmitt in «O Conceito de Político», 1932.

D. João V e as "praxes" académicas


Hoje têm o nome de "praxes", mas até ao século XVIII fala-se de "investidas". Os rituais destinados aos novatos da Universidade de Coimbra foram muitas vezes marcados por alguma dose de violência, várias vezes postos em causa e até proibidos. Em 1727, por exemplo, D. João V interditou totalmente qualquer "investida". Alegou o Rei que as actividades, apesar de serem muito antigas na universidade, se haviam tornado cada vez mais bárbaras. A morte de um estudante, no ano anterior, poderá ter sido a última gota. E o monarca deliberou: "É por bem, e mando que todo e qualquer estudante que por obra ou palavra ofender a outro com o pretexto de novato, ainda que seja levemente, lhe sejam riscados os cursos".

Por que razão o "Ocidente" não gosta de Assad?


Algumas das razões mais importantes:

1. Na Síria, a lei islâmica não tem liberdade judicial.
2. Na Síria, a religião cristã goza de liberdade pública.
3. Na Síria, o Estado é detentor da única empresa petrolífera.
4. Na Síria, o Banco Central controla todas as operações de câmbio e comércio externo.
5. A Síria não tem dívidas ao Fundo Monetário Internacional.
6. A Síria tem uma política externa anti-sionista.
7. A Síria faz parte do movimento não-alinhado.
8. A Síria tem boas relações políticas e económicas com a Rússia e o Irão.

E por fim, recomendo que vejam o vídeo que se segue:

O que é a Nação?


Possivelmente para alguns, associação transitória ou permanente de interesses materiais, a Nação é para nós sobretudo uma entidade moral, que se formou através de séculos pelo trabalho e solidariedade de sucessivas gerações, ligadas por afinidades de sangue e de espírito, e a que nada repugna crer esteja atribuída no plano providencial uma missão específica no conjunto humano. Só esse peso dos sacrifícios sem conta, da cooperação de esforços, da identidade de origem, só esse património colectivo, só essa comunhão espiritual podem moralmente alicerçar o dever de servi-la e dar a vida por ela. Tudo pela Nação, nada contra a Nação – só é uma divisa política na medida em que não for aceite por todos. E de facto não é.

António de Oliveira Salazar in discurso «O Meu Depoimento», 7 de Janeiro de 1949.

Um romance premonitório


Um dia, num futuro que não vem longe, uma estranha frota de velhos navios corroídos pelo tempo e pelo uso parte do golfo de Bengala e ruma em direcção à Europa. Traz a bordo um milhão de estropiados: os esfomeados dos "países subdesenvolvidos", que, cansados da miséria, resolvem bater às portas do paraíso do homem branco.
Como irá ele reagir à invasão pacífica dos que vêm buscar abrigo nas suas terras? Com a respiração suspensa, o mundo espera. Entretanto, ao longo de todas as fronteiras do hemisfério rico, outros milhões de homens – muitos – aguardam para se aventurarem também à conquista do paraíso...
Ficção científica? E talvez não, se tivermos presentes as previsões demográficas para o ano 2000...
É este o grave problema que Jean Raspail nos propõe neste romance grave. Um romance em que, através do trágico ou do burlesco das situações imaginadas, o autor assume uma posição que o leitor pode aceitar ou rejeitar. O problema, esse, talvez não possa ignorá-lo...

Sinopse do romance «Le Camp des Saints» de 1973.

Socorro!


A Junta de Freguesia do Socorro, na Mouraria, tem cerca de 15 mil habitantes, 11 mil dos quais já são estrangeiros, revelou à Lusa o presidente da junta, Marcelino Figueiredo (PSD).
A população envelhecida da freguesia do Socorro, bairro histórico da capital, tem sido renovada com imigrantes estrangeiros «que diariamente solicitam os serviços da junta com o objectivo de regularizarem a sua situação em Portugal», afirmou o presidente.
Questionado sobre a evolução do número de estrangeiros que têm chegado à freguesia, o presidente da junta respondeu: «Não sei. O que sei é que todos os dias tenho mais processos de legalização para tratar».
«Ultimamente, a maior comunidade que tem chegado à freguesia é a do Bangladesh e as nacionalidades com maior expressão continuam a ser a chinesa, a indiana, a paquistanesa, e mais recentemente também, a ucraniana, macedónia, e de países africanos muçulmanos», revelou Marcelino Figueiredo.
O presidente da Junta salientou que «uns chamam os outros e são quase todos familiares e estabelecem-se como vendedores de brinquedos, produtos electrónicos e na restauração».
Nesta área existem dois centros comerciais ocupados na sua maioria por comerciantes asiáticos, com as tradicionais lojas chinesas até às lojas de electrónica.
Marcelino Figueiredo salientou ainda que «nesta altura, os católicos até já estão em minoria» e que «a comunidade muçulmana já abriu uma pequena mesquita na freguesia».

A tolerância entre a virtude e o vício


O único fundamento lógico possível da tolerância, encontra-se na necessidade de permitir um mal para impedir outro maior que ele. Esta necessidade é uma exigência absoluta, não relativa ou condicionada, ainda que indubitavelmente se prefira algo que só de um modo relativo (em sentido ontológico, não na acepção gnoseológica) é admissível. O tolerável é sempre um mal (o bom não é tolerado, senão positivamente querido, amado) e um mal é tolerável unicamente na qualidade de mal menor, sendo esta qualidade um valor objectivo, isto é, absoluto ou em si.

Antonio Millán-Puelles in «Ética y Realismo», 1996.

Eurábia


A civilização europeia, à semelhança da Igreja Católica, está a morrer porque sofre do vírus da culpabilização, esse vírus potente de que Sun Tzu (estratego militar chinês) já falava. A Europa sente ódio por si mesma. A Europa tem medo, está velha e decide unilateralmente que não quer ter inimigos. É um continente hedonista e relativista. Em sentido contrário, o islão é vigoroso e não oferece dúvidas – o segredo do crescimento de uma religião é mesmo esse: oferecer certezas e não dúvidas. Esta fragilidade psicológica europeia, aliada à dependência económica e energética de antigos países colonizados, ajudam à formulação da Eurábia. A Eurábia é esse futuro que resulta do convite constante à islamização. Que ninguém tenha dúvidas: não há nada que tente mais a agressividade islâmica, que a nossa debilidade.

Multiculturalismo e criminalidade


Não me cansarei de assinalar que a maioria dos colaboradores da imigração e os seus testas-de-ferro provêm da burguesia ou pertencem a classes sociais perfeitamente preservadas do contacto com populações estrangeiras, totalmente protegidas da criminalidade em geral. O seu desprezo, a sua ignorância das condições de vida e de coabitação da população europeia real, dos "pequenos brancos", é enorme!

Guillaume Faye in «La Colonisation de l'Europe».

Invasão silenciosa


As igrejas, a maior parte dos partidos, uma variedade de instituições e associações, o mundo do espectáculo, durante anos têm lutado pela entrada de imigrantes, pela abertura de fronteiras, pela impossibilidade de expulsão dos clandestinos. Motivados por um certo etnomasoquismo? Por xenofilia? Por ingénuas interpretações da religião dos direitos humanos? Por snobismo anti-racista ou politicamente correcto? Por vontade deliberada de miscigenar a França e a Europa, por ódio à integridade étnica europeia? Sem dúvida um pouco de tudo. Em todo o caso constata-se uma mistura de fatalismo, caro à imigração descontrolada, considerada já incontrolável. Um fatalismo auto-destrutivo em relação ao próprio povo: «Sim, invadam-nos, fazem-nos um favor!»

Guillaume Faye in «La Colonisation de l'Europe».

A Cavalaria: excertos


Quando os cavaleiros assistiam à Missa e chegava a leitura do Evangelho, em silêncio, eles desembainhavam as espadas e as mantinham nuas e erectas diante do rosto, enquanto durasse a leitura sagrada. Esta altiva atitude queria dizer: se for preciso defender o Evangelho, nós estamos aqui! Neste gesto estava todo o espírito da Cavalaria. (página 30)

Recebe esta espada, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, serve-te dela para a tua defesa, para a defesa da Santa Igreja de Deus e para a confusão dos inimigos da Cruz de Cristo. Vai e lembra-te que os santos não conquistaram os reinos pelo gládio, mas pela fé. (página 47)

Cavaleiros, não esqueçais que Deus vos fez para serdes a muralha da Igreja. (página 49)

Diante dos pobres é preciso que te humilhes, é preciso que te faças pequeno. Tu lhes deves ajuda e conselho. (página 53)

Oh Deus, Vós só permitis aqui na terra o uso da espada para combater a malícia dos maus e para defender a justiça. Fazei, pois, que o vosso cavaleiro jamais utilize do gládio para lesar injustamente quem quer que seja; mas que se sirva dele, para defender, aqui na terra, o que é justo e recto. (página 86)

Toma esta espada. Exerce com ela o vigor de justiça; abate com ela o poder da injustiça. Defende com ela a Igreja de Deus e seus fiéis. Dispersa com ela os inimigos de Cristo. O que está por terra, levanta-o. O que levantastes, conserva-o. O que é injusto aqui na terra, abate-o. O que é conforme a ordem, fortifica-o. É assim que, glorioso e altivo, unicamente pelo triunfo das virtudes, justitiae cultor egregius, chegarás ao Reino dos Céus, onde com Jesus Cristo, de que trazes a marca, reinarás eternamente. (página 304)

Léon Gautier in «La Chevalerie», 1884.