Catolicidade


A nota de catolicidade da Igreja reside precisamente na sua capacidade de reunir numa unidade sublime de Fé, os povos de todos os tempos, de todas as raças e de todos os lugares, sem suprimir as suas legítimas diversidades.

Mons. Marcel Lefebvre in «Do Liberalismo à Apostasia: A Tragédia Conciliar», 1987

A demissão suicidária dos neo-europeus


Mas a civilização ocidental findou, aniquilada pelo cancro da autodemissão. Tudo aquilo que constituía a definição, a força e a realidade da civilização ocidental, quer dizer, europeia, é negado, minimizado, combatido pelos próprios europeus. A Europa já não crê na sua própria alma. A raça branca quer submeter-se, retirar ou diluir-se nas outras raças. A Europa e a raça branca perderam o sentido de missão, nem acreditam já na validade do que criaram, nem na necessidade da sua orientação.

Goulart Nogueira in revista «Tempo Presente», nº 12, Abril de 1960.

A desvirilização do Ocidente e o avanço do Islão


A ideologia ocidental hegemónica executa esta desvirilização dos povos ocidentais, à qual não sucumbem os colonos alógenos chamados "imigrantes". A homofilia actual, como a vaga feminista da falsa emancipação da mulher, a rejeição ideológica da família numerosa em proveito do casal nuclear instável, a queda da natalidade, a valorização espectacular do Negro ou do Árabe, a apologia constante da mestiçagem, a recusa do valor guerreiro, o ódio a toda a estética de força e de poder, assim como a cobardia generalizada, são traços dessa desvirilização.
Confrontados com o Islão que preconiza todos os valores de virilidade conquistadora, os ocidentais encontram-se moralmente desarmados e complexados. Toda a concepção do mundo contemporâneo, quer venha do legislador, do ensino público, do episcopado ou da imprensa, dedica-se a culpabilizar a noção de virilidade, associada a uma "brutalidade fascista". A desvirilização seria um sinal de civilidade, de hábitos refinados, que é um discurso paradoxal por parte de uma sociedade que naufraga além disso no primitivismo e na violência.
A desvirilização, que é igualmente ligada ao individualismo narcisista e à perda do sentido comunitário, paralisa toda a reacção contra os meios dos colonizadores procedentes da imigração e do partido colaboracionista. Explica a fraqueza da repressão contra a delinquência imigrante, a ausência de solidariedade étnica dos povos face aos alógenos e o "medo" patológico que sentem perante eles.

Adaptado de Guillaume Faye in «Pourquoi nous combattons».

6 de Novembro: Beato Nuno de Santa Maria


Ó Deus, que destes ao Beato Nuno a graça de combater o bom combate, e o tornastes exímio desprezador de si mesmo, concedei aos vossos servos que, depois de vencermos as concupiscências mundanas, gozemos eternamente na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Ámen.

Chesterton aos vegetarianos


Vocês, vegetarianos, não sentem remorsos ao ver uma coisa destas? Vocês vivem de devorar plantas inofensivas e eis aqui uma planta que neste momento devora animais. É realmente justo, é a vingança do reino vegetal.

G. K. Chesterton in «Autobiografia».

Meditação sobre a morte


Muito depressa chegará o teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: hoje está vivo o homem, e amanhã já não existe. Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido?

Que nos aproveita vivermos muito tempo, quando tão pouco nos emendamos? Oh! nem sempre traz emenda a longa vida, senão que aumenta, muitas vezes, a culpa. Deus queira que tivéssemos, um dia sequer, vivido bem neste mundo! Muitos contam os anos decorridos desde a sua conversão; frequentemente, porém, é pouco o fruto da emenda. Se for tanto para temer o morrer, talvez seja ainda mais perigoso o viver muito. Bem-aventurado aquele que medita sempre sobre a hora da morte, e para ela se dispõe cada dia. Se já viste alguém morrer, reflecte que também tu passarás pelo mesmo caminho.

Pela manhã, pensa que não chegarás à noite, e à noite não te prometas o dia seguinte. Por isso anda sempre preparado e vive de tal modo que te não encontre a morte desprevenido. Muitos morrem repentina e inesperadamente; pois na hora em que menos se pensa, virá o Filho do Homem (Lc 12,40). Quando vier aquela hora derradeira, começarás a julgar muito diferentemente toda a tua vida passada, e doer-te-á muito teres sido tão negligente e remisso.

Quão feliz e prudente é aquele que procura ser em vida como deseja que o ache a morte. Pois o que dará grande confiança de morte abençoada é o perfeito desprezo do mundo, o desejo ardente do progresso na virtude, o amor à disciplina, o rigor na penitência, a prontidão na obediência, a renúncia de si mesmo e a paciência em sofrer, por amor de Cristo, qualquer adversidade. Muito fácil é praticar o bem enquanto estás são; mas, quando estás enfermo, não sei o que poderás. Poucos melhoram com a enfermidade; raros também se santificam os que andam em muitas peregrinações.

Não confies em parentes e amigos, nem proteles para mais tarde o negócio da tua salvação, porque mais depressa do que pensas te esquecerão os homens. Melhor é providenciar agora e fazer algo de bem, do que esperar pelo socorro dos outros. Se não cuidas de ti no presente, quem cuidará de ti no futuro? Muito precioso é o tempo presente: agora são os dias da salvação, agora é o tempo favorável (2 Cor 6,2). Mas, ai! Que melhor não aproveitas o meio pelo qual podes merecer viver eternamente! Tempo virá de desejares, um dia, uma hora sequer, para a tua emenda, e não sei se a alcançarás.

Olha, meu caro irmão, de quantos perigos te poderias livrar e de quantos terrores fugir, se sempre andasses temeroso e desconfiado da morte. Procura agora de tal modo viver, que na hora da morte te possas antes alegrar que temer. Aprende agora a desprezar tudo, para então poderes voar livremente para Cristo. Castiga agora o teu corpo pela penitência, para que possas então ter legítima confiança.

Ó louco, que pensas viver muito tempo, quando não tens seguro nem um só dia! Quantos têm sido logrados e, de improviso, arrancados ao corpo! Quantas vezes ouviste contar: morreu este à espada; afogou-se aquele; este outro, caindo do alto, quebrou a cabeça; um morreu comendo, outro expirou jogando. Estes se terminaram pelo fogo, aqueles pelo ferro, uns pela peste, outros pelas mãos dos ladrões, e de todos é o fim a morte, e, depressa, qual sombra, acaba a vida do homem (Sl 143,4).

Quem se lembrará de ti depois da morte? E quem rogará por ti? Faz já, irmão caríssimo, quanto puderes; pois não sabes, quando morrerás nem o que te sucederá depois da morte. Enquanto tens tempo, ajunta riquezas imortais. Só cuida da tua salvação, ocupa-te só nas coisas de Deus. Granjeia agora amigos, venerando os santos de Deus e imitando as suas obras, para que, ao saíres desta vida, te recebam nas eternas moradas (Lc 16,9).

Considera-te como hóspede e peregrino neste mundo, como se nada tivesses com os negócios da Terra. Conserva livre o teu coração, e erguido a Deus, porque não tens aqui morada permanente. Para lá dirige as tuas preces e gemidos, cada dia, com lágrimas, a fim de que mereça a tua alma, depois da morte, passar venturosamente ao Senhor.

Fr. Tomás de Kempis in «Imitação de Cristo».