Da abdicação do papel de Pai


Arriscar-me-ia a dizer que há uma correlação directa entre um pai dominante e as animosidades dos filhos. É claro que a dominação não necessita ser brutal. Na família da minha mulher eram cinco crianças e nunca houve rivalidades odientas. O pai era um animal alfa – imbatível e incontestável chefe. Os seus avisos eram do mais moderado que se pode imaginar: "Estou realmente surpreendido que tenhas podido fazer isso". E era terrível. A hostilidade que se vê hoje entre irmãos é um fenómeno novo, particularmente observável nos Estados Unidos.

Konrad Lorenz, entrevista in «Etologia - Colectivo Nova Geração».

1 comentário:

Afonso de Portugal disse...

É o resultado das engenharias sociais "progressistas" e dos feminismos. Produziu-se uma geração de homens que já não querem ser homens e de mulheres que julgam não precisar de homens para nada.

O mais assustador é que isto das "enegenharias" não parece ter fim à vista...