No dia 19 de Julho de 2011 o jornal "Público" divulgava a seguinte notícia:
Nas últimas três décadas, mais concretamente de 1974 a 2006, Portugal desfez-se de mais de metade das suas reservas de ouro, amealhadas durante o Estado Novo. Nesse período de tempo, o total de reservas passou de 865,9 toneladas, em 1974, para 382,5 toneladas em 2006.
As vendas iniciaram-se após o 25 de Abril, numa altura em
que o primeiro recurso utilizado foi as divisas acumuladas, recorda o
economista Silva Lopes. Em apenas três anos, foram vendidas mais de 100
toneladas. Seguiram-se cinco anos de alguma contenção, mas em 1983 o país não
tinha quem lhe emprestasse dinheiro e, antes do apoio do Fundo Monetário
Internacional, recorreu ao ouro como garantia de empréstimos bancários de curto
prazo. A amortização desses empréstimos foi feita através da venda de ouro. Nos
quatro anos entre 1983 e 1987 foram vendidas 63 toneladas.
As
reservas mantiveram-se estáveis na década que passou entre 1987 e 1997,
iniciando uma descida significativa a partir daí. Entre 1998 e 2006 Portugal
vendeu 242 toneladas de ouro, reduzindo as reservas para as actuais 382,5
toneladas. O Banco de Portugal justificou essas vendas como gestão de activos,
para aproveitar a subida do preço do ouro nos mercados internacionais.
Entretanto, nos últimos cinco anos, Portugal não vendeu ouro.