O «vale de lágrimas» e a nostalgia do Céu

São Francisco de Assis e a morte

Recordemos outra vez a lição que nos dão os santos; para eles, a verdadeira vida era a vida eterna e a vida presente não era mais que uma sombra. Para eles, a vida eterna era um livro imenso, de que a presente vida era o prefácio, a introdução.
Para eles a vida eterna era a pátria verdadeira, e a vida na terra, um «vale de lágrimas».
Alegravam-se também eles com os raios do sol; escutavam e deliciavam-se com o trinado das avezinhas; lutavam para cumprir o seu dever. Para o cumprirem tão heroicamente como o faziam, tiravam forças do pensamento da vida eterna, tinham nostalgia do Céu. A nostalgia do Céu compele a praticarmos verdadeiros heroísmos. Esta nostalgia faz-nos esquecer as lágrimas e juntar as mãos na oração, para vencermos os ímpetos da cólera, perdoando aos inimigos. Só assim podemos nós sorrir no meio dos sofrimentos; sabemos que todas as nossas lágrimas caem nas mãos de Deus.
Estejamos certos que, por maiores que sejam as tribulações, por mais sombrio que se nos mostre o céu, a luz da vida eterna penetra através da mais escura cerração.

Mons. Tihamér Tóth in «Jesus Cristo Rei», 1956.

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