Um simulacro da virilidade


Depois de acusarmos a decadência da mulher moderna, não podemos esquecer que o homem é o primeiro responsável por essa decadência. Tal como a plebe nunca teria podido irromper em todos os domínios da vida social e da civilização se tivessem existido verdadeiros reis e verdadeiros aristocratas, igualmente numa sociedade dirigida por homens verdadeiros nunca a mulher teria querido e podido tomar o caminho por que hoje está a avançar. Os períodos em que a mulher alcançou autonomia e predominância têm quase sempre coincidido com épocas de evidente decadência de civilizações mais antigas. Assim, a verdadeira reacção contra o feminismo e contra todos os outros desvios femininos não é contra a mulher, mas sim contra o homem que se deveria orientar. Não se pode exigir que a mulher volte a ser mulher a ponto de se restabeleceram as condições interiores e exteriores necessárias à integração de uma raça superior, quando o homem já não conhece mais que um simulacro da virilidade.

Julius Evola in «Revolta Contra o Mundo Moderno».

7 comentários:

Unknown disse...

Olha isto e lê os comentários:

http://bloguedofirehead.blogspot.pt/2012/12/roupas-ousadas-provocam-os-criminosos.html


PS. Julius Evola não era pagão?

VERITATIS disse...

Vou ver com atenção.

Evola era pagão, no entanto a sua crítica ao mundo moderno está muito além do paganismo e não entra em contradição com o Catolicismo.
É necessário procurar o fundamental da obra de Evola: «Examinai tudo: abraçai o que é bom» (I Tess 5:21)

Unknown disse...

Pois, eu lembrei-me do "boletim evoliano" que anda muito na voga no meio nacionalista e lembro-me também de ter lido qualquer coisa sobre o paganismo que ele defendia. Não há dúvida que ele foi mais um de muitos que inspiraram o nacionalismo étnico-pagão e, como tal, eu não perco o meu tempo com ele.

VERITATIS disse...

Pelo contrário, Evola foi um grande crítico do fascismo e do nacional-socialismo. Daí que ele seja criticado pelos "nacionalistas étnico-pagãos", por não ser um racista materialista e biológico. Ele sempre se assumiu como tradicionalista e contra-revolucionário, porém pagão.

Naturalmente que não aceito tudo no pensamento de Evola, porém seria um erro desvalorizar a sua crítica ao "mundo moderno".
Da mesma forma que os Padres de Igreja souberam retirar o essencial da filosofia de pagãos como Aristóteles, Platão ou Sócrates, nós também devemos saber retirar o essencial de pensadores como Evola.

Unknown disse...

Os Padres da Igreja cristianizaram o que se aproveitava do paganismo, sim. Basta lembrarmo-nos do São Tomás de Aquino e do Santo Agostinho que incorporaram o pensamento aristotélico e platónico na doutrina cristã. Ainda assim foi o que se aproveitou do paganismo que foi transformado (cristianizado); não é a mesma coisa que era quando era pagã, portanto mais do que uma adaptação, houve foi uma substituição efectiva.

Eu sou nacionalista mas não sou racialista/etnicista. Não sou monárquico mas apoio o nacionalismo integral. O problema é que os nacionalistas étnicos, que são os que mais aparecem no meu blogue, fartam-se de me acusar de não ser nacionalista precisamente por ser não etnicista/racialista. Esses são os mesmos que acusam o Salazar de não ser nacionalista.

Como poderia eu ser racialista ou etnicista se eu próprio sou de Macau e tenho sangue chinês? Com todo o orgulho, diga-se de passagem!

Abraço.

James disse...

OMG nem acredito que ainda se escreve estas coisas nos tempos de hoje...

VERITATIS disse...

Nos tempos de hoje e nos tempos de amanhã, vão-se continuar a escrever coisas destas. Porque a verdade não prescreve!