O Tarrafal e a propaganda comunista


Há bastantes anos [1936] o Governo estabeleceu numa das ilhas de Cabo Verde um estabelecimento prisional para delinquentes políticos e sociais, entenda-se comunistas. Por dificuldades de ordem local que se repercutiam no seu bom funcionamento, o estabelecimento foi extinto e abandonado há bastantes anos [1954]. Ora eu continuo a receber dos partidos comunistas e organismos afins instalados nos mais diversos países, numerosos telegramas de protesto contra o «campo do Tarrafal». Isto quer dizer que as organizações comunistas receberam em devido tempo ordem das «centrais de comando» para manterem vivo o seu protesto contra a existência de um estabelecimento penal de repressão do partido. E quer dizer ainda que não se importaram de actualizar as ordens, visto que a grande imprensa ocidental continua a segui-las sem se importar de verificar a sua exactidão. Teremos assim que os partidos comunistas manterão «vivo» o Tarrafal, enquanto, na guerra que nos movem, o protesto der algum rendimento, ou contribuir para o descrédito de um Governo que lhes é hostil. Para estes não importa a verdade, mas só aquilo em que se crê.

António de Oliveira Salazar in revista «International Affairs», Abril de 1963.

Os Santos Populares


Santo António, São João e São Pedro, os três santos que especialmente celebramos no mês de Junho, e que pela grande estima e devoção colectiva receberam o epíteto carinhoso de "santos populares" entre os Portugueses.

A cada um destes santos corresponde uma província eclesiástica de Portugal: Santo António, Arca do Testamento e Martelo dos hereges – feriado no Patriarcado de Lisboa, a 13 de Junho; São João Baptista, o Precursor de Cristo – feriado na Arquidiocese de Braga, a 24 de Junho; e São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos – feriado na Arquidiocese de Évora, a 29 de Junho.

Aniversário da instauração da Ditadura Nacional


Era, pois, necessário permitir a acção de um qualquer governo, de uma solução política, mesmo que provisória. Esta solução conduziu à Ditadura Nacional, estabelecida sem luta pelo Exército em 28 de Maio de 1926, precedendo assim – o que era de toda a lógica política – a obra de reorganização a empreender nos diferentes domínios, a começar pelas finanças. Nisto consistiu a Ditadura: encerramento e dissolução das Câmaras, dissolução dos partidos, instituição de um governo forte e independente, algumas outras restrições necessárias no tocante à liberdade de imprensa e de reunião. A experiência passada mostrava que dar liberdade de acção aos antigos partidos era permitir-lhes corromper a opinião pública e entravar toda a acção eficaz, através dos seus partidários e dos funcionários da sua devoção.

António de Oliveira Salazar in «Como se levanta um Estado», 1937.

Batalha do Montijo de 1644


No mesmo dia [26 de Maio], ano de 1644, se deu entre Portugueses e Castelhanos, junto ao lugar do Montijo, a batalha que dele tomou o nome. As tropas de Castela (que mandava o Barão de Molinguen) constavam de seis mil Infantes e dois mil e quinhentos Cavalos: As de Portugal (que mandava Matias de Albuquerque) constavam de seis mil Infantes e pouco mais de mil Cavalos. Atacou-se a batalha neste dia (em que então caiu a solenidade do Corpo de Deus) e revolvendo-se a nossa Cavalaria, se retirou com demasiada velocidade e pouca reputação; desconcerto a que deram princípio cento e cinquenta Holandeses, que entravam no corpo da Cavalaria Portuguesa, a qual, como bisonha, seguiu o mau exemplo dos Estrangeiros: Carregaram os Castelhanos a nossa Infantaria e a romperam facilmente; e quando já tinham conseguido a vitória, a perderam, pela sempre fatal desordem de se ocuparem em despir os mortos e roubar as bagagens: Porque Matias de Albuquerque e Dom João da Costa, com outros Cabos principais, advertindo naquela divisão, se uniram em um corpo, e ajuntando boa parte dos Terços e quarenta cavalos, investiram com a espada na mão dos inimigos, e restaurada a artilharia (que se havia perdido) e voltando contra eles com maravilhoso efeito, os puseram em tamanha confusão, que dentro em breve espaço, lhe fizeram voltar as costas desbaratados, obrigando ao Barão a passar precipitadamente o Guadiana, deixando três mil Soldados mortos, em que entraram três Mestres de Campo, nove Capitães de Cavalos e quarenta e cinco de Infantaria: Dos nossos, faltaram novecentos, entre mortos e prisioneiros. Nem Portugueses souberam começar esta batalha, nem os Castelhanos a souberam acabar, como confessou o Marquês de Torrecuça, Governador que então era das Armas Castelhanas, quando teve em Badajoz a notícia do sucesso.

Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744.

Do apostolado missionário português


Afinal, quando os filhos do Rei D. João I lhe pediram autorização para a primeira expedição ultramarina, que implicou depois na libertação de Ceuta, o grande e piedoso monarca, antes de qualquer outra coisa, quis saber se a iniciativa seria útil para o serviço de Deus. A semelhança de todas as outras iniciativas que se seguiram, também esta teve como escopo principal a propagação da Fé, aquela mesma Fé que teria animado a cruzada do ocidente e as ordens de cavalaria na épica luta contra o domínio dos mouros.
Nas caravelas que, ostentando o branco pendão assinalado pela cruz de Cristo, deslocavam os intrépidos descobridores portugueses nas costas ocidentais da África e das ilhas adjacentes, navegavam também os missionários, "para atrair as nações bárbaras ao jugo de Cristo", como se exprimia o grande pioneiro da expansão colonial e missionária portuguesa, o Infante D. Henrique, o navegador.
O príncipe dos exploradores portugueses, Vasco da Gama, quando levantou âncora para iniciar a sua aventurosa viagem à Índia, levou consigo dois padres trinitários, um dos quais, após ter pregado com zelo apostólico o evangelho às gentes da Índia, coroou o seu árduo apostolado com o martírio. O seu sangue, e aquele de outros heróicos missionários portugueses, foi naqueles lugares remotos, como sempre e em toda parte é o sangue dos mártires, semente de cristãos; o seu luminoso exemplo foi para todo o mundo católico, mas antes de tudo para os seus generosos compatriotas, uma chamada e um estímulo ao apostolado missionário.

Papa Pio XII in encíclica «Saeculo Exeunte Octavo», 13 de Junho de 1940.

O chamado "politicamente correcto"


O politicamente correcto é propaganda comunista de baixa intensidade. No meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o objectivo da propaganda comunista não era persuadir ou convencer, nem informar, mas humilhar; e portanto, quanto menos correspondesse à realidade, melhor. Quando as pessoas são obrigadas a permanecer em silêncio enquanto lhes são contadas as mentiras mais óbvias, ou pior ainda, quando são obrigadas a repetir as mesmas mentiras, elas perdem completamente o seu sentido de rectidão. Consentir em mentiras óbvias é cooperar com o mal e, de certa forma, tornar-se mau. Assim, a própria capacidade de alguém resistir a qualquer coisa fica erodida e até destruída. Uma sociedade de mentirosos desvirilizados é fácil de controlar. Penso que se examinarmos o politicamente correcto, ele tem esse efeito e essa intenção.

Theodore Dalrymple in entrevista a «Frontpage Magazine», 31 de Agosto de 2005.

Fundação do Hospital Real de todos os Santos


O sumptuosíssimo Hospital de Lisboa, com o nome de todos os Santos, foi invento da piedade d'El-Rei Dom João II. Havia naquela grande Cidade muitos Hospitais, em diferentes sítios e para enfermidades diferentes. Mas pela maior parte se desencaminhavam as rendas, por andarem por muitas mãos, e não era fácil meter a caminho tanto número de administradores, costumados a tratarem mais de si que da pobreza. Alcançou El-Rei Breve para reduzir a um só todos os outros, e lhe escolheu lugar junto à famosa Praça, chamada do Rossio, e neste dia [15 de Maio], ano de 1472, se lhe pôs a primeira pedra, e El-Rei de sua mão lançou muitas moedas de ouro e prata nos alicerces. Consta aquela insigne fábrica de um amplíssimo Templo com um pórtico para a Praça do Rossio, que é obra tão maravilhosa em si, quão pouco advertida dos que cada dia a estão vendo. Tem um adro de vinte e um degraus de mármore com três faces, também coisa singular e majestosa. Serve-se a Igreja com bom número de Capelães e moços do Coro, e nela se celebram os Ofícios Divinos com grande pompa e perfeição. O corpo do Hospital consta de enfermarias para todo o género de enfermidades, onde os pobres são assistidos com tudo quanto lhe é necessário para suas curas, sem reparo algum a trabalho ou dispêndio. Tem este Hospital hoje de renda em dinheiro e em frutos mais de cem mil cruzados.

Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744.

Descobre-se a Ilha de São Miguel


No mesmo dia [8 de Maio], ano de 1444, foi descoberta a Ilha de São Miguel, assim chamada em razão da festa que hoje celebra a Igreja ao Arcanjo do mesmo nome. Foi descoberta por Frei Gonçalo Velho, Comendador de Almourol da Ordem de Cristo, mandado pelo Infante Dom Henrique. Dista de Lisboa duzentas e oitenta léguas, tem de comprimento dezoito, de largo sete. É fresca de bons ares e cristalinas águas. Há nela dez Conventos, trinta e duas Paróquias, cinco Vilas e uma Cidade, que chamam Ponta Delgada, com uma famosa Fortaleza.

Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744.

Dia da Mãe é a 8 de Dezembro


Em Portugal sempre se celebrou o Dia da Mãe a 8 de Dezembro, enquanto desdobramento da festa de Nossa Senhora da Conceição, que além de nossa Mãe celestial é também Rainha e Padroeira de Portugal. No entanto, desde que houve ruptura com a Tradição no início da década de 1970, a República "Portuguesa" passou a celebrar oficiosamente um novo e falso Dia da Mãe no 1º domingo de Maio. A data, desprovida de sentido religioso que a eleve e justifique, foi artificialmente escolhida por imitação do feriado civil americano no 2º domingo de Maio. Mas contra essas novidades profanas, ainda há bons Portugueses que resistem e celebram o Dia da Mãe no próprio dia.

Imaculada Conceição, rogai por nós!

Descobrem-se as Ilhas de Cabo Verde


O Cabo, chamado Verde pela cor, de que sempre estão vestidos os seus campos e montes, foi descoberto a primeira vez por Dinis Fernandes, Escudeiro que fora de El-Rei D. João o Primeiro, o qual trouxe a Portugal os primeiros negros, no ano de 1445. Depois no de 1460 foram descobertas neste dia [1 de Maio] as Ilhas que se contêm no mesmo Cabo, quais são: Santiago, São Filipe, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Santo Antão, Brava, Sal, Fogo e Boa Vista. O terreno é abundantíssimo de tudo o que serve ao sustento e delícia, mas o clima é pouco sadio. Dura o Inverno nos três meses de Agosto, Setembro, Outubro, nos outros, o Verão. Há nestas Ilhas muito nobres povoações e a Cidade fundada na de Santiago é Episcopal e Cabeça das mais. Nesta mesma Ilha nasceu de uma negra e de um mono, um misto e monstro de ordinária estatura e natural proporção de membros: só tinha larga beta de cabelos sobre os lombos, e não falava, mas fazia com esperteza o que lhe advertiam; sobre largas disputas se resolveu que não tinha alma racional, por ser bruto o seu mais nobre e principal generante.

Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744.

Da economia moderna


A economia moderna é uma pseudo-ciência projectada pelas preocupações materialistas. No início, a economia contentava-se em estimar os volumes de produções e de trocas; a medida destes movimentos forneciam índices válidos sobre a actividade de uma época ou de uma região. Mas com o tempo, os índices tornaram-se mais importantes que a actividade que deviam medir; a natureza das trocas e das produções deu lugar à escala dos valores, ao seu volume. É aí que estamos actualmente. A inquietação gera a estagnação da economia quando a taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) aumenta menos de dois por cento por ano; ora este número não indica mais que o volume das actividades e nada diz sobre a sua qualidade ou distribuição. Se mais pessoas adoecerem e comprarem mais medicamentos, se mais casais se divorciarem e recorrerem a advogados para conduzir os processos judiciais, se mais maçãs forem produzidas, se a água dos aquedutos se tornar mais poluída, tudo isso contribui para o aumento do PIB.

Serge Mongeau in «La simplicité volontaire», 1985.

A agricultura é vital no sustento da Nação


Nós fomos de facto um País essencialmente agrícola, mas enquanto não pudemos ser outra coisa. Durante séculos e ao lado de um artesanato modesto, a agricultura foi a grande criadora de riqueza e esse facto dominou todos os espíritos neste País. Hoje podemos dizer que só potencialmente somos ricos dos produtos da terra, mas que viremos a sê-lo de facto pelos dois caminhos que nos estão abertos: a libertação de grande parte do trabalho rural, em favor das indústrias e do Ultramar; maior produção de produtos agrícolas industrializáveis ou comerciáveis com nações estrangeiras. Continuo a pensar que a agricultura nacional deve acima de tudo ser orientada no sentido de assegurar o sustento da Nação, mas para isso não precisa de absorver toda a sua força de trabalho. E quando pela mecanização e pelo regadio conseguirmos aqueles fins, deixa de ter razão de ser a lamentação de Severim de Faria quando atribui às «conquistas», digamos, na linguagem de hoje, ao Ultramar, a primeira causa da falta de gente que se padecia, e assim, por não existir, empobrecia o Reino.

António de Oliveira Salazar in discurso «No 40º Aniversário do 28 de Maio», 28 de Maio de 1966.

Da deseducação maçónica


A seita concentra também todas as suas energias e todos os seus esforços em se apoderar da educação da juventude. Os mações esperam poder facilmente formar de acordo com suas ideias essa idade tão tenra, e dobrar-lhe a flexibilidade no sentido que eles quiserem, nada devendo ser mais eficaz do que isso para preparar à sociedade civil uma raça de cidadãos tal como eles sonham dar-lhe. É por isso que, na educação e na instrução das crianças, não querem eles tolerar os ministros da Igreja, nem como censores, nem como professores. Já em vários países eles conseguiram fazer confiar exclusivamente a leigos a educação da juventude, como também proscrever totalmente do ensino da moral, os grandes e santos deveres que unem o homem a Deus.

Papa Leão XIII in encíclica «Humanum Genus», 20 de Abril de 1884.

Centro


Centro. O centro, Matemática e Cosmograficamente considerado, é o ponto que está no meio do Universo. Este ponto central é simples, e como tal, não tem composição, e pelo conseguinte é indivisível, e sendo tão pequeno que não tem partes, responde a todas as partes da mais ampla circunferência; e assim tem a circunferência tão grande dependência do centro, que nem centro se pode perceber sem circunferência, nem circunferência sem centro. Como pois a Divina Sabedoria tem tirado, e como desenvolvido e desenrolado do centro o Universo, se tirardes o centro, não haverá evolução de corpos, e se faltar evolução de corpos, não terá o Mundo amplitude, e faltando esta no Mundo, os corpos dele nenhuma disposição poderão ter, nenhuma ordem, nenhum influxo, nenhum movimento; e como todas estas faltas seriam absurdos, é preciso dizer que para o centro do qual emanaram, todas as coisas se ordenam. Logo, o centro é coisa que todas as coisas apetecem; centro é o que todas as coisas desejam, como coisa absolutamente necessária para a união dos corpos e conservação do Universo. Da virtude do centro todas as virtudes dos movimentos naturais e elementais emanam; sem a virtude do centro, nem o vegetante poderia crescer, nem a ave voar, nem o quadrupede andar, nem o homem fazer acção alguma corpórea, como doutamente o mostra o Padre Atanásio Kircher no I. tomo do seu Mundo Subterrâneo, por todo o livro primeiro Centrográfico. Finalmente, do centro tudo sai e para o centro tudo se dirige.

Pe. D. Rafael Bluteau in «Suplemento ao Vocabulário Português e Latino», Parte I, 1727.

Idade Canónica


Idade Canónica é a que a Igreja determina aos fiéis para cumprirem certas obrigações e aceitarem certos encargos. Assim: a) Às leis meramente eclesiásticas ninguém é obrigado antes dos sete anos completos, ainda que tenha chegado ao uso da razão, salvo se a lei determinar outra coisa (C. 12); b) Ninguém é obrigado à lei da abstinência antes dos sete anos completos, nem ao jejum antes dos 21 anos completos ou depois dos 60 anos começados (C. 1254); c) É considerado de maior idade aquele que completou 21 anos; d) Só podem receber validamente o sacramento do Matrimónio o homem depois de 16 anos completos, e a mulher depois dos 14 anos completos (C. 1067); e) Para entrar no Noviciado de uma Ordem Religiosa é preciso ter completado 15 anos (C. 555); para fazer Profissão religiosa é preciso ter 16 anos completos; para receber o Subdiaconado é preciso ter 21 anos completos; para o Diaconado 22; para o Presbiterado 24 completos (C. 975); para exercer o múnus episcopal é preciso ter 30 anos (C. 331). São obrigados ao preceito da Confissão e da Comunhão anual os fiéis que chegam ao uso da razão (C 906).

Pe. José Lourenço in «Dicionário da Doutrina Católica», 1945.

A anormalidade dos "normais"


As vítimas verdadeiramente insanáveis de doenças mentais podem ser encontradas entre aqueles que parecem ser os mais normais. "Muitos deles são normais porque estão muito bem adaptados ao nosso modo de existência, porque a sua voz humana foi silenciada muito cedo nas suas vidas, tanto que nem sequer lutam ou sofrem ou desenvolvem sintomas como o neurótico". Eles são normais, não no que pode ser chamado de sentido absoluto da palavra; eles são normais apenas em relação a uma sociedade profundamente anormal. A sua perfeita adaptação a essa sociedade anormal é uma medida da sua doença mental. Estes milhões de pessoas anormalmente normais, vivendo sem problemas numa sociedade, à qual, se fossem seres plenamente humanos, não deveriam estar ajustados...

Aldous Huxley in «Brave New World Revisited», 1958.