A Santa Comunhão


O que é a Comunhão?
É a recepção do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo sob as espécies sacramentais do pão e do vinho. A palavra comunhão quer dizer união com, união de Jesus Cristo e da alma que a recebe. E, com efeito, não há união mais íntima, já que comemos a Carne e bebemos o Sangue de Jesus. Nosso Senhor instituiu a Comunhão quando instituiu o sacrifício da Missa, dizendo: «Tomai, isto é o Meu Corpo; bebei, este é o Meu Sangue».

Três espécies de Comunhão: a sacrílega, a tíbia, e a fervorosa
1. A comunhão sacrílega. A própria palavra faz horror. Comungar em estado de pecado mortal, receber o Deus de toda a santidade e pureza numa alma cheia de lama do pecado, encerrar num mesmo coração a Deus e a Satanás, enfim, como diz São Paulo, calcar aos pés o Corpo e Sangue de Jesus. Que profanação! Que crime! Mas também que castigos! Muitas vezes doenças terríveis, morte desgraçada, condenação eterna. «Quem comunga indignamente, come e bebe a sua própria condenação», diz o mesmo Apóstolo. Se outrora tivéssemos tido a infelicidade de fazer comunhões sacrílegas, não obstante a enormidade do pecado, deveríamos ter a confiança na misericórdia de Jesus. Após uma sincera confissão, procuremos reparar com comunhões fervorosas as comunhões indignas do passado.
2. A comunhão tíbia. É a comunhão feita por rotina, sem fruto, sem preparação nem acção de graças que valham. Há pessoas que comungam quase todos os dias e não se emendam dos seus defeitos, nem fazem progresso na virtude. De manhã, na mesa da comunhão; à noite, no espectáculo, no baile; de manhã, recolhidas; todo o resto do dia dissipadas; de manhã, derretidas em devoção; de tarde, de mau humor; de manhã, na igreja em oração; o dia inteiro, em maledicência, disputas, leituras frívolas, exibição de vaidade. Cuidado! São Paulo compara estas almas com a terra que frequentemente recebe a chuva do céu e nada produz, senão espinhos e abrolhos. Neste caso será melhor afastar-se da mesa da comunhão? Não! Seria imitar o homem que está fraco e não se alimenta. O que se deve fazer é, por meio da mortificação e da oração, sacudir fora essa frieza e continuar a comungar.
3. A comunhão fervorosa. É a comunhão feita com boa vontade, com proveito, precedida de uma séria preparação e seguida de uma fervorosa acção de graças.

Pe. Guilherme Vaessen in «O Pequeno Missionário», 1953.

3 comentários:

Anónimo disse...

Pequeno artigo, mas interessante e bem informativo.

Prezado,

Gostaria de saber do "blogueiro" se em não encontrando missa no rito ordinário; e, obviamente a não comungar por não encontrá-las, o católico estaria em pecado? Mesmo que sua consciência não o permita?

Eduardo - Brasil


P.S: Aproveito para informar este trágico acontecimento em Moçambique:

https://www.afp.com/en/news/826/suspected-islamists-behead-10-mozambique-local-sources-doc-15f82d3

VERITATIS disse...

Eduardo,

Não ter Missa, e não comungar por não ter Missa, não é pecado. Pelo contrário, um católico que viva longe do local onde se celebra Missa, e não tendo sequer meios para se deslocar, está dispensado de assistir à Missa. Mas claro, deve procurar uma forma de santificar o Domingo ou as Festas de Guarda, com oração, leituras espirituais, etc.

Rito ordinário?

Anónimo disse...

Boa noite, agradeço vossa atenção.

Sim, ordinário.

http://www.montfort.org.br/bra/documentos/decretos/ordinario_santa_missa/

Eduardo - Brasil