Racismo segundo Alfredo Pimenta

Todos os Estados, todas as Famílias, todos os Grupos ou Organismos são mais ou menos racistas, segundo a força da sua constituição, e a consciência que têm da sua missão. Isto é, defendem-se, repelindo do seu meio tudo quanto seja portador de gérmenes de decomposição ou dissolução. É a luta pela vida. É a aplicação do preceito evangélico relativo aos ramos estéreis das vides (Segundo S. João, XV, 6); é a aplicação da doutrina de S. Tomás (II da II, quest. XI, artigo 3).
Se os nativos de Angola ou da Guiné se infiltrassem em doses maciças na Sociedade portuguesa, e, por seus cruzamentos, a ameaçassem de se abastar, tingindo-a, deformando-a, e anulando-lhe a sua consciência histórica, não tinha o governo responsável por obrigação indeclinável barrar tal infiltração, e defender a pureza do nosso sangue e da nossa consciência nacional? Que são senão medidas racistas, as limitações à imigração que certos Estados decretam?
Não. Não se confunda o que é inconfundível. Não se caricature, para não se desvirtuar, o que se pretende julgar.
No Racismo, há dois aspectos: o aspecto negativo – repúdio da raça inimiga; e o aspecto positivo – exaltação da própria raça.
Ninguém me condenará por eu tentar impedir que a minha Pátria se dissolva, pela mestiçagem biológica ou pela invasão de não-portugueses que ocupem todas as posições-chave das actividades nacionais – nas Universidades, nos Bancos, nas Empresas, na Administração, nos Tribunais, na Indústria, nas Oficinas; e ninguém me condenará por eu proclamar a superioridade do Povo português, e não dizer amém aos que afirmam a sua inferioridade.

Alfredo Pimenta in «Contra o Comunismo».

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