Cansado de ver tantas pessoas falar sobre o Liberalismo sem saber nada do assunto, achei por bem divulgar um capítulo inteiro de uma obra de Monsenhor Marcel Lefebvre, no qual fica bem patente em que consiste o erro do Liberalismo.
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5 comentários:
Certíssimo!
Aquilo que sublinhou não é a definição, certo? É uma caracterização!
O liberalismo, resumidamente, é a crença de que a liberdade não depende da verdade!
Cumprimentos.
Não é de todo verdade isso. Confundem ou não fazem a importante distinção entre Liberalismo "francês" e "escocês".
João Titta Maurício,
É curiosa essa distinção que faz entre o liberalismo francês e escocês, porque assenta na mesma distinção que a maçonaria faz do rito francês e do rito escocês. Coincidência? Não creio, pois tal como disse um grão-mestre da maçonaria em 1877: «a maçonaria é a filosofia do liberalismo».
No entanto, e mais importante do que qualquer derivação ou partidarização dentro do liberalismo, a realidade é que o liberalismo é um erro condenado pela Igreja Católica, e que se define como «a crença de que a liberdade não depende da verdade» (Pedro Oliveira). Logicamente, a partir desta crença desenvolvem-se diversos princípios errados, como: «a absoluta soberania do indivíduo com inteira independência de Deus e da sua autoridade; soberania da sociedade com absoluta independência do que não provenha dela mesma; soberania nacional, isto é, o direito do povo para legislar e governar-se com absoluta independência de todo o critério que não seja o da sua própria vontade expressa primeiro pelo sufrágio e depois pela maioria parlamentar; liberdade de pensamento sem limitação alguma em política, em moral ou em religião; liberdade de imprensa, igualmente absoluta ou insuficientemente limitada; liberdade de associação com igual latitude» (D. Félix Sardá y Salvani)
Olá, ao fim de tantos anos.😏
Não me sinto minimamente visado ou ofendido pela pouco velada insinuação de que seria maçon. Não o sou, já recusei cerca de 9 convites e, enquanto Deus me agraciar com algum bom senso, nunca serei maçon. Todavia, não deixo de notar que, o seu comentário está ao nível de uma tentativa de ataque "ad hominem', técnica que abomino como artifício retórico.
Depois, quando se fala de Liberalismo (ou de qualquer outro conceito) é bom que se domine o conteúdo e não se permita que, como defendeu Gramsci, se misturem "alhos com bugalhos", apenas porque, por ignorância ou conveniência retórico-argumentativa, é vantajoso aproveitar a falácia feita pela confusão. Há um Liberalismo que – e bem! – é condenado pela Igreja: é o de inspiração francesa-alemã. Porque é aberta e violentamente anti-Igreja. Aliás, assenta nesse pressuposto teórico-operativo. Este foi a motivação de quase todos os processos revolucionários na Europa (só a continental), durante o séc. XX. O modelo anglo-americano não só não era anti-clerical, como era invocado como justificação para, com base no princípio da liberdade de culto, defendia a Igreja. E, naturalmente, todas as demais denominações cristãs ou de outra "religião". E a razão assenta nas enormíssimas diferenças conceptuais de que cada uma é fruto. Desconhecer (ou esconder) este facto é grave... mesmo que, hipoteticamente, por erro, a Igreja o tivesse afirmado. Não são invocadas razões doutrinais ou dogmáticas, mas apenas o espírito da época política em que foram proferidas e a real ameaça que o liberalismo franco-alemão representava para a Igreja (e os estados papais que na época existiam).
Não me diga que andou a estudar o liberalismo durante 7 anos para vir agora instruir a este pobre ignorante as grandes virtudes liberais? Fora de brincadeiras, fico de facto admirado que quase 7 anos depois volte a esta casa em defesa do mesmo erro liberal e ainda por cima de forma mais refinada que antes. Esperava-se mais bom senso católico.
É falsa e injusta a acusação que me faz de ter insinuado a sua filiação maçónica, porque em momento algum sugeri tal coisa, nem usei de argumentação ad hominem. Mesmo que seja do conhecimento comum que as filiações liberais e maçónicas estão intimamente ligadas, tanto pela filosofia de origem, quanto pelas personalidades históricas associadas. Contudo, repito, não insinuei qualquer filiação maçónica, apenas constatei um facto real e objectivo de maior importância e que não considero ser coincidência – a divisão dentro do Liberalismo é a mesma dentro da Maçonaria.
O Liberalismo assenta no subjectivismo, pelo que é lógico surgirem múltiplas opiniões e divisões no seu seio. E como pelos frutos se conhece a árvore, sabemos que a origem do problema está no próprio Liberalismo enquanto ideologia, na sua crença errada sobre a noção de Liberdade e nos seus falsos princípios políticos, religiosos e sociais. Mas em nenhum momento a Igreja condenou um partido liberal em benefício de outro. Quando a Igreja, no seu Magistério infalível, condena o Liberalismo, condena-o sempre como um todo na sua falsidade teórica e prática, e não apenas esta ou aquela escola de pensamento liberal. E assumindo que haja menos radicalismo no "liberalismo anglo-americano", este continua a ser tão falso na sua crença e tão condenado nos seus princípios quanto o "liberalismo francês". É pois falsa e condenada a liberdade religiosa, é falsa e condenada a liberdade de imprensa, é falsa e condenada a liberdade de ensino, é falsa e condenada a liberdade de expressão, é falsa e condenada a origem popular do poder, é falsa e condenada a separação entre a Igreja e o Estado, é falso e condenado o laicismo, etc. Estas condenações estão bem patentes no Magistério infalível da Igreja, na Tradição e no ensinamento constante de Pio VI, Pio VII, Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII, S. Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII. Além disso, autores liberais de origem anglo-saxónica como John Locke, David Hume, Jeremy Bentham e John Stuart Mill constam do Index Librorum Prohibitorum.
Espero sinceramente que se o João Titta Maurício voltar daqui a 7 anos já se tenha corrigido dos erros liberais que o impedem de ser um bom e verdadeiro católico.
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