10 de Junho: Anjo de Portugal


A pedido de El-Rei Dom Manuel e dos senhores bispos portugueses, o Papa Leão X instituiu em 1504 a festa do Anjo Custódio do Reino, cujo culto era já antigo em Portugal.
Oficializada a celebração, Dom Manuel enviou alvarás aos municípios a determinar que as festas em honra do nosso Anjo da Guarda fossem comemoradas com a maior solenidade. Na festa do Anjo de Portugal deveriam participar todas as autoridades e instituições das cidades e vilas, além de todo o povo.
Esta celebração teve o seu esplendor durante os séculos XVI, XVII e XVIII, quando Portugal também teve o seu apogeu, e decaiu no século XIX, quando Portugal também decaiu pelo Liberalismo.
Por determinação das Ordenanças Manuelinas a festa do Anjo de Portugal era equiparada à festa do Corpo de Deus, a maior festa religiosa em Portugal, na qual toda a Nação Portuguesa afirma a sua Fé perante o Santíssimo Sacramento.
De acordo com o testemunho dos Pastorinhos de Fátima, em 1916 o Anjo de Portugal apareceu diversas vezes a anunciar as aparições de Nossa Senhora, nesta sua Terra de Santa Maria, dando aos Pastorinhos a comunhão com "o preciosíssimo corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo" como ele próprio declarou.
O culto do Anjo de Portugal teve o seu maior brilho nas cidades de Braga, Coimbra e Évora, e manteve-se na arquidiocese de Braga, onde se celebrava a 9 de Julho.
No tempo do Papa Pio XII a festa do Anjo de Portugal foi restaurada para todo o País e transladada para o dia 10 de Junho a fim de que o Dia de Portugal fosse também o Dia do Anjo de Portugal.
Da generalizada devoção ao Anjo de Portugal dão testemunho muitas representações, sendo especialmente notáveis as imagens do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e da Charola do Convento de Cristo, em Tomar, a pintura da Misericórdia de Évora e a iluminura do Livro de Horas de Dom Manuel.
O Anjo de Portugal é, até hoje, o único Anjo da Guarda de um País com culto público oficializado e foi o único Anjo da Guarda de uma Nação que apareceu aos homens.

6 comentários:

Unknown disse...

Lindo, isto é o verdadeiro Portugal. Sem estas belas tradições, esta terra seria qualquer coisa outra, mas nunca seria Portugal.

Anónimo disse...

Lindo pois, mas já não é o mesmo Portugal há pelo menos 150 anos.
A maçonaria encarregou-se de destruir todas veleidades espirituais, morais e culturais da nação, restando apenas remanentes aqui ou alí.

VERITATIS disse...

Gang2 Ervilha,

Isso mesmo! Portugal não é simplesmente um território que possa ser preenchido com qualquer coisa. Portugal tem uma essência, e essa essência é católica. Portugal sem Catolicismo não é Portugal, é outra coisa qualquer.

VERITATIS disse...

Anónimo,

Portugal é o mesmo, Portugal não muda. Se mudasse, então toda esta miséria moderna também teria de ser considerada Portugal. Aquilo que acontece é que Portugal está refém e ocupado desde o liberalismo, tendo apenas uns vislumbres aqui e além.
Relembro que Portugal tem uma essência, ou natureza, que o caracteriza. Portanto, quem opera contra essa essência (ainda que seja em nome de Portugal) não está a continuar Portugal. O Modernismo (síntese de todas as heresias) é que altera o conteúdo mantendo a forma. Para o modernista, Portugal é um território (forma) e tudo o que dentro dele acontece (conteúdo) é Portugal.

OM disse...

Nossa Senhora prometeu que, em Portugal, nunca se deixaria de rezar o Terço. Que melhor arma para lutar contra o mal? Portugal será sempre católico, contra ventos e marés! O nosso Anjo da Guarda nos protegerá sempre, ainda que passemos por tempos difíceis, no final, o Seu Imaculado Coração vencerá.

VERITATIS disse...

"Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé" (Nª Sª do Rosário de Fátima, 13 de Julho de 1917)