O Maçonismo é o Judaísmo (II)



11.º Grande Oriente e Orientar-se são palavras mui usuais na Maçonaria; e a razão é porque, sendo o fim dos Mações o restabelecer a Nação e Religião dos Judeus, e, por conseguinte, o Templo de Salomão em Jerusalém, que fica, pouco mais ou menos, ao Oriente da Europa, claro se depreende que orientar-se quer dizer, em frase pedreiral, pôr-se em dependência do Oriente ou Jerusalém; e é equivalente a submeter-se à Cabeça da Sociedade que tem por fim restabelecer a Nação, Templo e Lei dos Judeus; a qual Cabeça já foi, e ainda há-de ser, segundo eles, Jerusalém, ao Oriente da Europa.
12.º Por igual motivo fazem aos seus adeptos ou novos entrantes estas perguntas: Donde vens? Ao que eles respondem: De Nazaré. Para onde vais? Para Jerusalém. Venho de Nazaré quer dizer: Venho de entre os pagãos e gentios, cultores de Jesus, que em Nazaré viveu. Venho em procura da luz (nas trevas e horrores da noite!); que até agora vivi em trevas: lux in tenebris lucet, et tenebrae eam non comprehenderunt. – Vou para Jerusalém, isto é, vou abraçar a causa dos Judeus, identificar-me com eles, trabalhar em os engrandecer, e em contrastar a maldição do Evangelho que os condena a viver vagamundos, enquanto existir o mundo.
13.º Na profissão da Medicina há muitos Mações, porque herdaram dos Médicos antigos, que pela maior parte eram Judeus, únicos que a exerciam por ser desprezada, o espírito rabínico, que hoje esses ostentam com o nome de Maçonismo.
14.º A declarada guerra dos Pedreiros-livres ao Trono e Altar, e o écraser l'infâme, de Voltaire, são consequência necessária do termo das suas fadigas; por quanto, sendo este o restabelecimento do Trono dos Judeus, e a reconstrução do Templo de Salomão, é necessário, para se isto conseguir, derribar primeiro todos os mais Tronos, e aniquilar (écraser) todos os Altares; maiormente os do Redentor, que pelo terem por sustentáculo, maiores obstáculos opõem aos seus desvairados intentos, que consistem em reduzir o Mundo a um só Rei, a uma só Lei, e a uma só Grei, conforme querem os Judeus. Donde se vê que a crua guerra ao Trono e Altar é meio para chegar àquele fim.
15.º Um dos primeiros projectos da Cortes Portuguesas, em que o Maçonismo predominava com absoluto império, foi, como todos sabem, o mandar vir os Judeus da Holanda para residirem entre nós: e como podia deixar de ser assim à vista do termo das suas diligências?
16.º O costume de os Pedreiros-livres se auxiliarem mutuamente, com exclusão dos profanos, é análogo ao dos Judeus, os quais haviam não se dever guardar fé aos infiéis, e só sim uns aos outros.
17.º A todos os seus escritos e outros objectos correlativos costumam os Mações dar o nome de peças de arquitectura, e com razão; porque tudo são materiais para ir pouco e pouco arquitectando o grande edifício do Templo de Salomão, em alegoria; e em realidade, para gradualmente ir dispondo as coisas de maneira que venha afinal a reduzir-se tudo a um só rebanho e um só pastor, como pretendem os Judeus; mas com tal, que esse rebanho sejam eles; e o pastor, o Messias que ainda esperam.
18.º O orgulho e espírito de dominar dos modernos Mações é exactamente o mesmo dos antigos Judeus, os quais em parte alguma sabiam caber senão como senhores; sendo necessário pôr-lhes o pé no pescoço para os conter submissos, como deveram fazer aos Mações, se os quiserem sujeitos.
19.º A expedição de Bonaparte ao Egipto não foi mais que uma expedição maçónica, com o intento de se apoderar de Jerusalém para Cabeça do Império Maçónico.
20.º A teima com que os já Mações se negam a revelar aos que ainda buscam sê-lo o para que serve a sociedade, é justa e necessária, a seu modo; pois que do contrário não haveria profano que, sabendo-o de antemão, quisesse bandear-se com Judeus, ainda mesmo levado da esperança de chegar a Rosa-Cruz, que é o engodo com que os Mações Judeus iludem os não Judeus.
21.º O número treze é simbólico entre os Pedreiros-livres, porque alude às treze Tribos dos Israelitas. Por essa razão, treze são os principais e Sumos Chefes da Maçonaria em todo o globo, derramados pelos diversos reinos e províncias dele; e tais são, entre outros, Benjamin Constant e Jeremias Bentham, os quais até os nomes Benjamin e Jeremias declaram por Judeus. Este segundo costumava, em suas lamentações às Cortes Portuguesas e Espanholas, chamar aos Deputados meus filhos, ao uso oriental dos Patriarcas e Anciãos Judeus quando tratavam de amoestar e persuadir o Povo. Eram treze, iguais às treze Tribos Israelitas, os beneméritos de J.F.B., declarados por tais na carta que escreveu e fez imprimir contra o Cabreira, que pretendia a todo o custo ingerir-se naquele número, sendo então profano. Em treze províncias, como as treze dos Judeus, dividiram as nossas Cortes o Território de Portugal. Treze eram as voltas ou pontas do laço nacional. Treze pobres mandaram os Pedreiros-livres do Porto assentar nos três degraus em que pousavam as colunas e ataúde que figurava conter os veneráveis restos do venerável chefe dos patifes, quando, na Igreja dos Beneditinos, lhe fizeram celebrar sumptuosas exéquias, como eu vi, e está impresso na mui verídica e judiciosa Borboleta Constitucional.
22.º Os banquetes dos Rosa-Cruzes são em tudo semelhantes ao do Cordeiro Pascal dos Judeus no Egipto. A disposição dos convidados era esta: punham-se os Judeus, e põem-se os Mações, de pé, em volta da mesa; o primeiro encadeia o braço esquerdo no direito do companheiro que lhe fica ao lado; este, no terceiro; e assim sucessivamente os mais, até se fechar a roda outra vez no primeiro; cada um empunha com a esquerda um bordão, e com a direita leva a comida à boca, tudo à ligeira, em ar de peregrinos ou viandantes que estão de partida. Consiste a alegoria em expressar que vivem entre nós como estrangeiros, esperando sair algum dia para a sua casa pátria, Jerusalém; ou, melhor, que hão-de compelir todos os povos a que a reconheçam por capital, e a eles por soberanos: tudo à imitação dos antigos Hebreus no Egipto, antes de saírem para a sua Terra da Promissão ou Canaã.
23.º Todas as Cartas ou Patentes dos Rosa-Cruzes trazem no alto estampadas as duas Tábuas da Lei de Moisés, que Deus deu aos Judeus por mão deste Sumo-Sacerdote e Chefe do Povo Hebreu.
24.º No Manifesto Maçónico do Grande Oriente Lusitano, mandado imprimir por eles na Oficina da Viúva Neves e Filhos, está depositado todo o veneno desta infernal sociedade, e um dos mais concludentes argumentos do que me propus demonstrar. Diz ele: o fim da nossa associação é o engrandecimento da nossa augusta ordem, e a regeneração do país em que vivemos. Que quer dizer a regeneração do país em que vivemos, senão o transtorno do governo, a subversão da ordem, e a dissolução da sociedade em que estes monstros vivem, qualquer que seja a forma do seu governo; boa ou má; despótica, monárquica, aristocrática, democrática ou mista, porque nenhuma exceptuam?! Quem não vê nisto a pretensão dos Judeus, que, discursando segundo a carne, esperam que o seu Messias há-de vir reunir tudo debaixo de uma só bandeira?! Quem deixará de conhecer, muito mais depois da experiência dolorosa de quase três anos, que o engrandecimento da sua augusta ordem consiste no mando absoluto da Sociedade dos Pedreiros-livres sobre todas as mais Sociedades da Terra?!

(a continuar)

José Luís Coelho Monteiro in «Maçonismo desmascarado ou Breve opúsculo em que com factos e raciocínios se prova como o Maçonismo é o Judaísmo», 1823.

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