A 1 de Janeiro do ano corrente, entrou em vigor a nova Constituição da Hungria que consagra a predominância da Fé e da Comunidade sobre o indivíduo, sublinhando o papel essencial da família e da religião católica na preservação da identidade húngara. O Preâmbulo começa por «Deus abençoe os húngaros» e nele desaparece a designação «República da Hungria» dando lugar a apenas «Hungria». A nova Carta passa também a excluir o aborto, protegendo a vida desde a concepção, e as relações homossexuais, defendendo o casamento e a instituição familiar. No Texto surge ainda a referência à colaboração de classes com vista ao Bem Comum e é reduzida a independência da Banca.
Porém, e apesar destas reformas terem sido realizadas com a aprovação da maioria parlamentar e por um governo democraticamente eleito, não tardou a que contra elas se insurgissem democratas da mais diversa natureza. Internamente, os partidos da oposição (liberais, socialistas e ecologistas) acusam o governo de «fascismo» e «autoritarismo» e promovem boicotes e manifestações de rua. Externamente, a UE e o FMI exigem que o executivo húngaro mude a Constituição, e as agências de rating colocam a Hungria no nível "lixo". Ou a Hungria revê a sua nova Constituição, ou então será a próxima vítima da Crise.
8 comentários:
Maravilha de constituição.
Sem dúvida! Mas infelizmente parece que não vai durar muito tempo. Os democratas globalistas e ateus têm vindo a usar de chantagens económicas e boicotes como forma de pressionar o governo húngaro a voltar atrás nas reformas. Inclusive a Sra. Clinton já veio exigir a revogação da Constituição. O que representa uma falta de respeito e uma afronta à Nação magiar.
Se foi eleita por maioria parlamentar o que tem a idiota verminosa da Clinton opinar, essa versão travesti da Marta Suplicy?
Como cristão católico declaro que não sou democrata, pois caso contrário, seria obrigado a aceitar o plebiscito de Pilatos, cujo resultado foi a vitória de Barrabás sobre Nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, não posso deixar de notar a incoerência de quem se diz democrata mas recusa aquilo que um governo democraticamente eleito faz. E não foi só a Sra. Clinton a insurgir-se, também o Sr. Barroso (Presidente da Comissão Europeia) e o Sr. Verhofstadt (Presidente da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa) mostraram o seu desagrado. A nova Constituição da Hungria parece estar a incomodar muita gente.
Caro reaccionário, isto é mesmo assim. A democracia é no seu fundamento anti-democrata. É um paradoxo grosseiro, ou um paralogismo se quisermos. Sociologicamente, a democracia é um erro colossal, do qual começamos já a sofrer as consequências.
A ver vamos se os húngaros se aguentam mesmo com as chantagens badalhocas do costume dos democratas.
Infelizmente, caro Skedsen, este tipo de chantagem não é novidade. Há uns anos atrás os burocratas da UE também decidiram boicotar a Áustria porque as eleições foram ganhas pela «Extrema-Direita». Por isso, temo que a Hungria não consiga resistir às pressões.
Uma posição ingrata para os ortodoxos e crentes doutras "confissões".
A Hungria é uma nação de tradição católica, as outras "confissões" não têm lá lugar.
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