A Restauração em imagens

A conspiração dos Conjurados

A defenestração de Miguel de Vasconcelos

A aclamação de D. João IV

Quadros da autoria de Carlos Alberto Santos.

3 comentários:

anónimo disse...

Bom dia da restauração da legitimidade ao trono.

Os conjurados (e juramento, naquele tempo, não se concebia sem ter a Deus por maior referência), não poderiam "conspirar". Ou seja, os 40 tomaram uma actitude boa, legítima, justa, que não é uma revolta... e passo a explicar:

A nobreza tinha estado dividida depois da morte de D. Sebastião. Não havia forma de fazer qualquer impedimento mais frontal à suposta legitimidade de D. Filipe ao Trono. A parte da nobreza tíbia ("vendida") apenas teve consenso com a restante depois de perder todos os motivos iniciais. Ou seja: a dinastia filipena é fruto de coisas bem concretas que não podem ser abafadas com o nome "crise de sucessão".... portanto:

1 - Para D. Filipe ele era realmente legítimo sucessor ao Trono;
2 - A nossa nobreza estava debilitada e dividiu-se, colocando de lado as questões mais profundas da legitimidade;
3 - Portugal era um Reino independente, como sempre, mas começou a debilitar-se até que a parte da nobreza tíbia foi empurrada a agir também.

Para os 40, a questão da legitimidade (e não da independência) foi aquela que lhes dava a garantia de estarem a agir bem e legitimamente depondo o "rei ilegítimo".

Mas a questão é mais complexa, pois se dizia realmente que havia uma questão de "independência".... Mas esse assunto, interessante, ficará para outra oportunidade....

VERITATIS disse...

Mesmas palavras, significados diferentes. Conspirar contra o «quê?» e em favor de «quê?». Revoltar contra o «quê?» e em favor de «quê?». As palavras em si não têm um significado necessariamente negativo. Aquilo que nos deve importar é o referencial donde se parte.
Mais importa obedecer a Deus do que aos homens (cf. Actos 5:29). Portanto não fico indignado com o uso de palavras como «conjura», «conspiração», «revolta», «independência» se elas assumirem um significado de Bem e Legitimidade. Caso contrário teremos um grave problema de vocabulário, e certamente teríamos de mandar queimar metade do dicionário, uma vez que não há palavras que sirvam para classificar "o acontecimento" de 1640.

Quanto ao resto, de acordo.

Anónimo disse...

No blogue pagão GLADIUS está lá a segunda imagem e com o tipo a dizer que é a paga pelos traidores. É curioso como aquele tipo se aproveita e bem das coisas e atribui-lhes um significado completamente deturpado. Uma das maiores pérolas dele foi falar da batalha da Santa Aliança contra os muçulmanos em Viena sem mencionar uma única vez o nome Cristianismo.