Há por aí algumas contradições sobre o Natal – e, de facto, sobre as tradições cristãs em geral. Elas são aparentes em indivíduos que nos afirmam, em jornais e outros lugares, que se emanciparam de dogmas, e agora se propõem a viver o espírito do Cristianismo. A que eu respondo: "Ok. Vá em frente", ou palavras similares. Mas então sempre me encontro confrontado com este facto extraordinário. Eles começam a viver o espírito do Cristianismo, e lançam-se freneticamente a impedir as pessoas pobres de beberem cerveja, impedir as nações oprimidas de se defenderem contra os tiranos (porque isso
pode levar à guerra), a tirar crianças deficientes de seus pais e trancá-las em
algum tipo de sanatório materialista, etc. E então eles ficam surpresos quando lhes
digo que eles tem muito menos o espírito do que a letra do Cristianismo, do que
suas palavras, do que a terminologia de seus dogmas. De facto, eles
mantiveram algumas das palavras e terminologia, palavras como paz, justiça e
amor; mas fazem essas palavras significarem uma atmosfera completamente
estranha ao Cristianismo; eles mantiveram a letra e perderam o espírito.
E tal como acontece com o Cristianismo, assim também com o Natal. Se os homens soubessem exactamente o que querem dizer com Natal, e então começassem a criar novos símbolos, novas cerimónias, novas brincadeiras, isso poderia ser uma coisa boa. Algo do tipo pode acontecer, muito provavelmente, naquele mundo dos homens modernos que sabem o que o Natal significa. Mas a maior parte das modificações que são discutidas nas revistas e em outros lugares são o exacto reverso disso. Elas são realmente modos por meio dos quais os homens podem manter o nome de Natal, e uns poucos esmorecidos símbolos natalinos, enquanto fazem algo totalmente diferente.
2 comentários:
Pior que isso são todos os que acreditam, entre eles membros da Igreja, que o Natal tem origem pagã.
A 21 de Dezembro, aos antigos pagãos comemoravam o solstício de Inverno. A 25 de Dezembro, os cristãos comemoram o nascimento (Natal) de Jesus Cristo. Não há como confundir os dois.
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