Para Degrelle, o que estava em jogo não eram mais pequenas questões de política local, mas o nascimento de uma Europa de nações solidárias, readquirindo, sob a direcção militar alemã, a importância geopolítica que lhe pertencia de direito próprio. Na reordenação do continente, voltaria a ter lugar uma unificação entre a França e a Alemanha, segundo as linhas do estado medieval formado pelos duques da Borgonha no séc. XV, desaparecido numa conjunção de acidentes dinásticos e desastres militares; através da aspa vermelha em campo de prata dos seus estandartes, o sonho borgonhês esteve presente em todos os combates da brigada Wallonie.
O que teria sido a evolução política de uma Europa aglutinada sob as ideologias antidemocráticas da época, jamais saberemos, mas é talvez importante notar que, mais que o poder de atracção das mesmas, foi o combate anti-comunista que fez correr um grande número de voluntários à frente leste. Degrelle é um daqueles para quem ambas as motivações existiram, e as suas palavras não deixam dúvidas disso. O destino da Europa Central e Oriental, na sequência da vitória aliada, no entanto, deveria temperar a nossa tentação de culpabilizar excessivamente os que duvidaram do monopólio aliado da virtude...
António Marques Bessa in jornal «O Diabo», 15 de Maio de 1991.
2 comentários:
História fascinante a deste homem...
Desde que a li que sempre quis saber mais sobre o Rexismo propriamente dito.
Penso que, como portugueses, faríamos bem em a analisar e dela colher quanto pudéssemos.
Mas, infelizmente, a liberdade de informação é só para alguns neste mundo.
Sem dúvida! Degrelle é um grande exemplo de fidelidade e nobreza de carácter. Um dos últimos, senão mesmo o último, cruzado a Europa.
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