O Fascismo não era agnóstico


O Estado fascista não é agnóstico... O Estado fascista tem a sua moral, a sua religião, a sua missão política no mundo, a sua função de justiça, e, ainda, a sua tarefa económica. Portanto, o Estado fascista deve defender a moralidade do povo, deve professar e proteger a religião verdadeira, isto é, a religião católica, deve cumprir no mundo a missão de civilização destinada aos povos de alta cultura e grandes tradições, deve fazer justiça entre as classes, deve promover o aumento da produção e da riqueza, operando, quando convém, com a possante mola do interesse individual, mas intervindo com a própria iniciativa.

Alfredo Rocco in «La trasformazione dello Stato: dallo Stato Liberale allo Stato Fascista», 1927.

3 comentários:

VERITATIS disse...

Alfredo Rocco foi Ministro da Justiça italiano entre 1925 e 1932.

Thor disse...

mas olha que o fascismo tinha toques de paganismo.
a saudação fascista também é a saudação a Marte.
o fascismo tinha a ala cristã, mas também tinha a ala pagã, que adorava os deuses romanos ("italianos").

não se confunda com integralismo nem salazarismo, esses sim, eram 100% católicos.

VERITATIS disse...

Thor,

Algumas notas e correcções:

- Alfredo Rocco foi Ministro da Justiça do Fascismo e responsável por muita da legislação fascista. Ou seja, é uma opinião relevante sobre o assunto.

- Dizer que o Fascismo não era um fenómeno ateu ou agnóstico, não é o mesmo que dizer que todos os fascistas não eram ateus ou agnósticos.

- Não consta que tivesse existido uma "ala pagã" ou uma "ala cristã" no Fascismo. Diferente coisa é dizer que houve um ou outro fascista que foi neo-pagão ou ateu.

- Quando os fascistas diziam de braço ao alto "Ave Duce", estavam a saudar o Duce do Fascismo, Benito Mussolini, não estavam a saudar nenhum falso deus pagão.

- A Itália Fascista tinha o Catolicismo como religião oficial, era um Estado confessional. A educação católica era obrigatória na escola.

- O ponto 4º do Decálogo Fascista fazia referência expressa à fé em Jesus Cristo.

- O Portugal de Salazar não era um Estado confessional.