A tolerância entre a virtude e o vício


O único fundamento lógico possível da tolerância, encontra-se na necessidade de permitir um mal para impedir outro maior que ele. Esta necessidade é uma exigência absoluta, não relativa ou condicionada, ainda que indubitavelmente se prefira algo que só de um modo relativo (em sentido ontológico, não na acepção gnoseológica) é admissível. O tolerável é sempre um mal (o bom não é tolerado, senão positivamente querido, amado) e um mal é tolerável unicamente na qualidade de mal menor, sendo esta qualidade um valor objectivo, isto é, absoluto ou em si.

Antonio Millán-Puelles in «Ética y Realismo», 1996.

Sem comentários: