Nunca a humanidade viveu tão às cegas


Coimbra, 26 de Fevereiro de 1948 – Tanto jornal, tanta rádio, tanta agência de informações, e nunca a humanidade viveu tão às cegas. Cada hora que passa é um enigma camuflado por mil explicações. A 'verdade', agora, é uma espécie de sombra da mentira. E como qualquer de nós procura quase sempre apenas o concreto, cada coisa que toca deixa-lhe nas mãos o simples negativo da sua realidade.

Miguel Torga in «Diário», 1999 (póstumo).

5 comentários:

VERITATIS disse...

Dizem que vivemos na sociedade de informação, mas a verdade é que vivemos na sociedade da desinformação. O excesso de "informação" serve apenas para desviar o foco do essencial, sobretudo se esse excesso está vinculado ao falso.

Anónimo disse...

nunca vi palavras tão verdadeiras reaccionario

VERITATIS disse...

Vivemos sufocados pelo excesso. O excesso de informação inútil cria a falsa sensação de que estamos na posse de informação, quando na verdade estamos cada vez mais afastados daquilo que é realmente importante.

Anónimo disse...

Se a casa permitir, gostaria de ampliar o tema ...

"Cuidado com os jornais"
http://desatracado.blogspot.com.br/2015/01/cuidado-com-os-jornais.html

"Presstituta"
http://desatracado.blogspot.com.br/2014/10/presstituta.html

"O outro grande poder é a imprensa. Ao repetir sem cessar certas ideias, a imprensa consegue o fim em tê-los aceito como realidades. O Teatro nos presta serviços análogos. Em todos os lugares da Imprensa e do Teatro obedecer nossas ordens."
Parte do discurso "Oração Fúnebre" feito em 1869 pelo rabino Reichhorn e publicado pela La Vieille France em sua edição de 21 de outubro de 1920, n º 195.

“Perdeis o tempo a tagarelar. Enquanto não se achar em nossas mãos a imprensa do mundo inteiro, tudo o que fizerdes será infrutífero. É preciso que dominemos a imprensa universal, ou ao menos influamos nela, se quisermos iludir e escravizar os povos”.
Escreveu em 1840, Sir Moses Haim Montefiore (24/10/1784 - 28/07/1885), conhecido como Barão de Montefiore, filantropo judeu que dedicou grande parte de sua vida e de sua fortuna à melhora da vida dos judeus, especialmente na Grã-Bretanha. Do livro "O Judeu Internacional" de Henry Ford, pág. 78.

“Qualquer pessoa que ainda possua algum resíduo de honra deve ter muito cuidado em não se tornar um jornalista”.
Paul Joseph Goebbels (29/10/1897 - 01/05/1945), Ministro da Propaganda e do Esclarecimento Popular do III Reich.

Cobalto

Anónimo disse...

ACONTECE QUE HA MUITAS AGENCIAS ENCHENDO OS VEICULOS DE DESINFORMAÇÃO E SEMPRE O FIZERAM MAS ESTAMOS NO AUGE DISSO POR QUE ELES PROPRIOS GERARAM MODOS DE AMPLIAR ISSO