Há documentos antigos, onde se lê que a paróquia de Arroios foi uma das primeiras [de Lisboa], mas que andou transferida por igrejas e capelas até ao último quartel do século XVIII. Nessa época foi adquirido um terreno no Largo de Arroios para se construir uma igreja paroquial, só inaugurada em 1829.
(...)
Em 1969 a igreja não satisfazia e a urbanização da cidade fê-la demolir por não comportar um mínimo necessário ao apostolado moderno; e foi então que principiou um movimento de pessoas de boa vontade para a sua reconstrução. Os paroquianos de Arroios queriam ter a sua igreja e conseguiram-no. A primeira pedra foi colocada no dia 8 de Dezembro de 1970 pelo Patriarca, que nessa época era o Cardeal Cerejeira.
No decorrer do tempo os trabalhos prosseguiram com fé e força de vontade, e assim se construiu um bonito templo de linhas modernas, funcional e com capacidade para dois mil fiéis.
Fonte: «Olisipo: Boletim do Grupo Amigos de Lisboa», nº 136, Janeiro/Dezembro 1973.
Mais fotos da monstruosidade aqui.
7 comentários:
Um pesadelo nocturno que tenho com alguma recorrência é o de que ainda me encontro na minha antiga paróquia a assistir ao "Novus Ordo" (era uma paróquia com uma "igreja" do mesmo estilo da retratada nas fotografias mais recentes).
Na minha actual paróquia (na qual não posso assistir à Missa, uma vez que se trata de uma missa herética) a arquitectura da igreja é ainda mais antropocêntrica do que a da Igreja de Arroios. A construção é recente e já segue aquelas linhas circulares ao estilo da Basílica da Santíssima Trindade em Fátima. É um claro sinal de que estamos perante uma nova religião humanista, em que Deus é posto de lado e o Homem ocupa o Seu lugar.
Mas, claro, engana-se quem pensa que o modernismo se resume uma questão litúrgica, como tenho visto a muitos semi-tradicionalistas. Se assim fosse, então a crise não seria tão grave como infelizmente é. O modernismo envenena tudo, não só a liturgia, como o pensamento e a alma, dos indivíduos e das nações. E as suas consequências reflectem-se tanto na política como na arquitectura, por exemplo.
Nas restantes fotos julgo que o sacrário é aquela "coisa" triangular. Para mim tudo isto é pura e simplesmente um templo maçónico.
João Miguel
"templo de linhas modernas, funcional e com capacidade para dois mil fiéis"
Eis o antropocentrismo declarado. A igreja deixa de estar voltada para o culto do divino e passa a estar orientada para o funcional, para as massas, para o puramente humano.
Eu morei na zona e entrei algumas vezes nessa espelunca. É inteiramente maçónico, parece uma fábrica por dentro, uma monstruosidade horrorosa.
Templos que poluem visualmente ... Isto era certamente um sintoma!
Mais do que poluição visual, poluição espiritual. A igreja é o local por excelência onde se presta culto a Deus, portanto tudo tem de estar orientado ao Divino. Mas com o "novo apostolado" colocou-se o Homem no centro, no lugar de Deus, e as igrejas deixaram de ser católicas para serem democráticas e humanistas.
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