Ser-se republicano [no Estado Novo] era quase tão despiciente como ser-se filiado nacional [?], só provocava chacota. E alguns sinceros e muitos respeitáveis republicanos de então, apoiantes do sistema, quando confessavam o seu republicanismo, confessavam-no brincalhonamente, para não escandalizar o possível monarquismo dos interlocutores. Dar um "viva a República" num comício do Estado Novo era tão extraordinário como dar um "viva o Comunismo".
António José de Brito em entrevista a Riccardo Marchi, Dezembro de 2009.
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Nota: Este excerto foi transcrito a partir de áudio, daí que tenham surgido dúvidas a respeito da exactidão de uma determinada palavra.
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