No Parlamento das Religiões do Mundo, em 1993, Hans Küng,
a quem a Santa Sé proibiu o ensino de teologia católica, apresentou o projecto
da Ética Planetária com o prévio aval da UNESCO, do Fórum Económico Mundial de
Davos e do World Wide Fund for Nature (WWF). A primeira edição da nova ética de
Küng foi prefaciada pelo Príncipe Philip de Edimburgo [marido de Isabel II], na época presidente da WWF. Hans Küng tornou-se assim uma das
cabeças visíveis do processo para impor esta nova ética cósmica, enunciada no
estilo da maçonaria, composta de uma mistura de gnose, expressões de bons
desejos e da vaga e alienante espiritualidade new age. A Ética Planetária é uma
boa resposta ao projecto da UNESCO de ética universal de valores relativos. O
próprio Küng a define como "uma síntese de superação de todas as religiões do
mundo".
O projecto de Küng foi aprovado pelo Parlamento das
Religiões como "um consenso mínimo sobre os valores fundamentais de carácter
vinculante, de normas irrevogáveis e de atitudes morais fundamentais".
O conteúdo da Ética Planetária está cheio de ambiguidades,
e nele se acentuam palavras que os próprios autores se encarregaram de esvaziar
de conteúdo, de modo que cada indivíduo possa interpretá-las à sua maneira,
segundo a sua tradição cultural ou de acordo com os seus interesses. É um
legado contra o "fanatismo e a intolerância, em favor da tolerância universal",
que não se realiza em nenhum princípio, porque, de acordo com o próprio Küng,
os princípios devem ser elaborados num consenso posterior, pouco ou nada tendo
de padrão irrevogável.
Tal como a Carta da Terra, este projecto ignora a
existência de Deus e, naturalmente, a Sua transcendência em relação à Criação.
Nem mesmo a existência da alma humana como uma entidade separada, fica clara.
Como resultado, exclui a existência da verdade absoluta, impondo à humanidade
um processo sem fim de procura de consensos sobre princípios morais, que
permanecerão até que aqueles perdurem para, em seguida, em virtude de novos
consensos, serem mudados, substituídos. Como é facilmente dedutível, neste
processo sem fim está incluído o consenso sobre a vida e a morte, relativizando
o valor e o respeito pela vida humana desde a concepção até à morte natural.
As atitudes morais fundamentais são reduzidas a palavras
sem significado claro: paz, justiça, equidade, dignidade, compaixão,
tolerância, solidariedade, diálogo, respeito à pluralidade e outras, as quais
são ambíguas em si mesmas, como o termo "crentes", que abrange todos os seres
humanos que acreditam em algo ou alguém, o que, na linguagem da ética global,
equivaleria a uma espécie de sincretismo universal.
No primeiro capítulo, Küng diz: "Estes princípios são baseados na suposição de que a Nova Ordem Mundial não pode sobreviver sem uma ética global". Ou seja, sem alguns princípios éticos novos a serviço do projecto político de dominação. É a "religião" ao serviço do poder. Os elogios do presidente do Directório do Fundo Monetário Internacional, em relação a Küng, o confirmam.
Aparentemente, a Ética Planetária encontra um público
favorável no mundo das finanças internacionais e a Carta da Terra no campo
internacional socialista. Mas esta é apenas uma impressão, pois os nomes de
Hans Küng e Leonardo Boff, e outros, aparecem nas mesmas redes e nos mesmos
fóruns. Na verdade, ambos os projectos têm as mesmas intenções: a subversão da
ordem natural e a destruição das raízes cristãs da cultura através do
relativismo moral e do igualitarismo religioso. É o homem que constrói o seu
código ético em guerra aberta contra Deus – o antigo projecto das lojas maçónicas.
A Carta da Terra e a Ética Planetária não são projectos que concorrem entre si; são, na verdade, alternativos ou complementares. Têm o mesmo objectivo: a demolição da Igreja Católica e a construção de outra igreja, uma caricatura ao serviço da Nova Ordem Mundial.
Pe. Juan Claudio Sanahuja in «Poder Global e Religião Universal», 2010.
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Relembro ainda: A Carta da Terra e a Nova Ordem Mundial.
1 comentário:
Este texto começa com uma expressão "estilo da maçonaria"
Será que o padre que o escreve é um teórico da conspiração?
Vamos ver quem é o Sr. Embaixador no Parlamento Mundial das Religiões
Paulo Mendes Pinto
https://www.linkedin.com/in/paulo-mendes-pinto-20910264
Para quem tenha visto os outros vídeos, onde ele entrevista outros lideres religiosos,
pode constatar que a linguagem corporal neste é diferente, tornando-se evidente que está a entrevistar o seu chefe o ex-grão-mestre da Grande Loja Regular de Portugal ;)
http://www.ulusofona.pt/conversas-em-religiao/jose-manuel-anes
Também aparece aqui nas apresentações do novo "Templo Ecuménico Universalista", em Miranda do Corvo, que custou 300 Mil à fundação que acolheu os "refugiados" de Penela (de onde veio o dinheiro?)
http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2016-09-09-Visita-guiada-ao-Templo-Ecumenico-Universalista-de-Miranda-do-Corvo
Neste vídeo o súbdito saudita, Emad Al-Muhaidib, passa um cheque de 100 Mil euros à Univ Lusófona (1:'41")
https://www.youtube.com/watch?v=xOpjUfU4tsQ
Por coincidência Paulo Mendes Pinto, recebeu a Medalha de Ouro de Mérito Académico da Un. Lusófona ;)
Segue-se uma noticia onde ficamos a saber que a Univ. Lusófona recebeu outro cheque vindo da Arábia Saudita desta vez de 250 Mil euros, e também ficamos a saber que a Grande Mesquita recebeu um donativo de meio milhão de euros
https://www.noticiasaominuto.com/pais/383709/familia-saudita-financia-centro-de-estudos-islamicos-em-lisboa
Mas enfim, o padre que escreveu o texto deve ser maluco ;)
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