(continuação da parte III)
Quanto crédito se deve dar aos milagres do Rosário, que aqui se escrevem.
Quanto a autoridade que tem estes milagres do Santo Rosário para se lhes haver de dar crédito, e outros que se escrevem dos santos, tratámos muito largamente no livro da vida e coroa de Nossa Senhora, o que por não ser largo, não repito aqui, somente avisamos ao leitor, que entre todos os milagres a que convém todas as condições para serem tidos por verdadeiros e certos, e a que se deve dar crédito, são estes do Santo Rosário que aqui se escrevem, e não haverá algum por mais porfiado que seja, que contra eles possa trazer algo aparente rezam, porque todos são de matérias aprovadas pela Sagrada Escritura, e autoridade da Igreja, nenhum deles é contra a divina Escritura, nem a doutrina da Igreja, nem dos santos. Todos são de matérias com que Deus ordinariamente mostra o Seu divino poder, havendo feito outros semelhantes. Pois a autoridade dos que o escreveram é também grande, que padres muito religiosos da ordem de S. Domingos, muitos deles escritos por seus companheiros e outros que depois aconteceram, pelos que naquele tempo viviam, outros vão autenticados com a autoridade do ordinário, de modo que não tem o leitor em que duvidar, mas sem tropeçar pode livre e seguramente correr na lição deles, debaixo de todo o grau que se pode imaginar de probabilidade uma há, como no discurso de verá.
(continuação, parte V)
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