O saco de penas


Era uma vez um homem que, por inveja, caluniou gravemente um amigo seu, levando-o à ruína.
Anos depois, arrependido do mal que as suas calúnias fizeram ao seu amigo, procurou um velho sábio, perguntando-lhe: "Que posso eu fazer para corrigir todo o mal que fiz ao meu amigo?" O velho respondeu: "Pega num saco cheio de penas de ave e solta-as ao vento".
No dia seguinte, o homem voltou ao velho sábio: "Já fiz como me mandaste". Ao que o velho lhe respondeu: "Essa foi a parte mais fácil, agora volta a encher o saco com as mesmas penas que soltaste ao vento". Mas o homem entristeceu-se, pois sabia que a tarefa era impossível.
E o velho sábio acrescentou: "Assim como não consegues juntar todas as penas que espalhaste ao vento, também não consegues reparar todo o mal que se espalhou de boca em boca. Vai, sê humilde e caridoso, pedindo perdão ao teu amigo e falando bem dele".

Catecismo Maior de São Pio X:
Quem pecou contra o Oitavo Mandamento [não levantar falsos testemunhos], não basta que se confesse disso, mas é também obrigado a retractar tudo o que disse caluniando o próximo, e a reparar, do melhor modo que possa, os danos que lhe causou.

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