Não há que duvidar que a causa próxima e imediata é a aberração do entendimento. As remotas, reconhecemo-las duas: o amor por novidades e o orgulho. O amor por novidades basta por si só para explicar toda a sorte de erros. Por esta razão o Nosso sábio predecessor Gregório XVI, com toda a verdade escreveu (Encíclica Singulari Nos, 07-07-1834): «Muito lamentável é ver até onde se atiram os delírios da razão humana, quando o homem corre atrás de novidades e, contra as admoestações de São Paulo, se empenha em saber mais do que convém, e, confiando demasiado em si, pensa que deve procurar a verdade fora da Igreja Católica, onde ela se acha sem a menor sombra de erro». Contudo, o orgulho tem muito maior força para arrastar ao erro os entendimentos; e é o orgulho que, estando na doutrina modernista como em sua própria casa, aí acha à larga de que se cevar e com que ostentar as suas manifestações.
Papa São Pio X in encíclica «Pascendi Dominici Gregis», 1907.
Relembro: Do modernismo
2 comentários:
E falta de orgulho?
SOBERBA ou ORGULHO é o primeiro dos sete pecados capitais. É a estima excessiva ou o amor desordenado que o homem tem de si mesmo e da própria excelência, a qual faz com que atribua tudo a si e não a Deus. De quatro modos podemos cair no pecado da soberba: a) gloriando-nos dos bens naturais e sobrenaturais que temos, como se os tivéssemos de nós mesmos; b) atribuindo só aos nossos méritos os benefícios que recebemos de Deus; c) jactando-nos de ter o que não temos ou mais do que temos; d) rebaixando ou desprezando os outros.
A soberba é um pecado que dá origem a muitos outros pecados. De modo particular procedem da soberba: a presunção, a ambição, a vanglória, a jactância, a hipocrisia, a teimosia, a sobranceria, a insubmissão e a incredulidade. Jesus Cristo condena a soberba, dizendo: «Todo o que se exalta será humilhado» (Ev. S. Mat. XXIII, 12).
(Dicionário da Doutrina Católica, 1945)
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