Proibição da "Divina Misericórdia"


Notificação do Santo Ofício, liderado pelo Cardeal Ottaviani:

Faz-se notar que a Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício, tendo examinado as supostas visões e revelações da Irmã Faustina Kowalska, do Instituto Nossa Senhora da Piedade, falecida em 1938, em Cracóvia, resolveu da seguinte forma:

1. Dever de proibir a difusão das imagens e dos escritos que apresentam a devoção da Divina Misericórdia nas formas propostas pela mesma Irmã Faustina;

2. Ser delegada à prudência dos Bispos o dever de remover as imagens acima referidas, que eventualmente tivessem já sido expostas ao culto.

Do Palácio do Santo Ofício, 6 de Março de 1959.

4 comentários:

Francisco Cid da Silva disse...

O Santo ofício proibiu a publicidade aos seus textos por estarem a ser estudados e depois disse para não serem publicados por causa da falta de compreensão que poderiam implicar na compreensão dos fiéis ... Não tinham nada contra a fé ... Quando pareceu bem o Santo ofício levantou essa restrição. Acontece muito. Até com são Tomás... O nosso papa português proibiu que algumas teses dele fossem ensinadas (por prevenção) e o mesmo aconteceu com os escritos de santa Teresa de Ávila e de muitos mestres espirituais... A prudência oblige!

VERITATIS disse...

Tem razão, na História da Igreja conhecemos vários casos em que certas devoções e livros foram proibidos até se ter a certeza de que eram realmente católicos. Mas o caso da Irmã Faustina Kowalska foi diferente. O levantamento da proibição, em 1978, foi feito contra a ortodoxia católica. O Diário da Irmã Faustina contém vários erros que vão contra a doutrina tradicional da Igreja. Alguns exemplos:

«...e a hóstia saiu do tabernáculo e pousou nas minhas mãos, e eu, com alegria, coloquei-a de volta no tabernáculo. O mesmo sucedeu-se uma segunda vez, e eu de igual forma agi. E, por surpresa, aconteceu uma terceira vez...» (pág. 23)

«Mas, enquanto a hóstia permaneceu nas minhas mãos, senti tal poder de amor, que pelo resto do dia não consegui comer nem estar no total controlo de mim mesma. Ouvi as palavras vindas da hóstia: Desejei permanecer em tuas mãos, não apenas no teu coração.» (pág. 89)

«No momento em que me ajoelhei para negar a minha própria vontade, tal como o Senhor me pedira para fazer, ouvi esta voz na minha alma: De agora em diante, não temas o julgamento divino, pois não serás julgada.» (pág. 168)

Supostamente Jesus disse: «É por isso que Me uno a ti de uma forma tão íntima que não é equiparável a qualquer outra.» (pág. 288)

Supostamente Jesus disse: «Observo o teu amor tão puro, mais puro que aquele dos anjos, e mais ainda porque continuas a combater. Por ti abençoarei o mundo.» (pág. 400)

«Quando recebi o Mensageiro do Sagrado Coração na minha mão e li o relato da canonização de Santo André Bobola, a minha alma foi invadida por um grande desejo de a nossa congregação também ter um santo, pelo que chorei como uma criança, pois não havia santos entre nós. E disse ao Senhor: Conheço a vossa generosidade, mas parece que sois menos generoso connosco. E comecei a chorar uma vez mais como uma criança. E o Senhor Jesus disse-me: Não chores. Tu és essa santa.» (pág. 583)

VERITATIS disse...

O Santo Ofício proibiu em 1959 por causa da incompreensão dos fiéis, mas em 1978 os fiéis já compreendiam? Veja como isto não faz qualquer sentido. Até porque sabemos, por própria experiência, que o grau de compreensão dos católicos tem vindo a degradar-se ano após ano. Em 1959 haveria ainda bastantes católicos conhecedores das coisas da Fé; em 1978 menos; e em 2020 ainda menos.

Anônimo disse...

Imaginação ou delírio desta irmã, provávelmente decorrente de um problema mental. Quando as autoridades da igreja na época perceberam claramente que era tudo imaginação, o Papa proibiu sua divulgação. Lámentavelmente, mais tarde, cancelaram a proibição.