Da conjura maçónica


O Pe. Barruel, que fora contemporâneo dos enciclopedistas, e estudara minuciosamente a actuação destes, publicou em 1803 [2ª edição], em Hamburgo, uma obra capital para a história da Maçonaria nos finais do século XVIII: as Mémoires pour servir à l'histoire du jacobinisme. A documentação do Pe. Barruel procede de duas fontes autênticas: as cartas de Voltaire e os documentos apanhados pela Polícia do Eleitor de Munique, em Outubro de 1786, em casa de um mação graduado da seita dos Iluminados da Baviera, um certo Zwach. Estes documentos foram impressos por ordem da Côrte de Munique, na Tipografia de Ant. François. Para salientar a seriedade desses arquivos, cumpre referir que, logo de entrada, no primeiro volume, se acha esta advertência feita por ordem do referido Eleitor: «Os que tiverem qualquer dúvida sobre a autenticidade desta colectânea, não terão mais do que apresentar-se nos arquivos secretos de Munique, onde foi dada ordem para lhes serem mostradas as peças originais. Munique, 26 de Março de 1787».
Se todos os Governos tivessem tido a clarividência do Eleitor bávaro, a conjura maçónica, desmascarada no embrião, teria por ventura abortado, e a evolução política dos últimos dois séculos teria sido bem diferente.

Jacques Ploncard d'Assac in «Três Estudos Políticos», 1956.

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