O nosso mal mais profundo está no irrealismo de pensamento e de conduta. Esse irrealismo provém do relaxamento ou da ruptura dos laços vitais. O homem que vive em contacto com o real, que trabalha no real, tem necessariamente o senso do real: ele sabe instintivamente o que é possível, o que é fecundo. Aquilo que se chama bom senso, não é mais do que esse equilíbrio criado no pensamento e nos actos, pela comunhão com o real. O homem de bom senso é sempre um homem arreigado. O isolado, o desenraizado, pelo contrário – por mais inteligente que seja – não tem bom senso, e o absurdo irrompe nas suas palavras e nos seus gestos.
Gustave Thibon in «Retour au réel: Nouveaux diagnostics», 1943.
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