Santo António de Lisboa


«Sempre presente e vivendo na Igreja, o Espírito de Pentecostes suscitou, no século XIII, os filhos de Domingos e de Francisco», escreve D. Guéranger. «Nova milícia organizada para as necessidades da época, eles se precipitam na arena, perseguindo a heresia, condenando o vício, unindo-se ao povo, que chamam por multidões compactas, nas suas Ordens terceiras, tornadas, então, o refúgio certo da vida cristã. De todos os filhos do Patriarca de Assis, o mais conhecido e mais poderoso diante dos homens como diante de Deus é António, que hoje festejamos». Nascido em Lisboa, de pais nobres, desprezou todas as riquezas e cheio do Espírito Santo que transformou os Apóstolos, entrou na milícia religiosa para lutar em prol da Fé e a fim de preparar-se para a chegada do Mestre. Retirado primeiramente na Toscana, entregou-se à vida contemplativa, recebendo, em seguida, a missão de prégar o Evangelho. A sabedoria de sua doutrina e sua eloquência o fizeram chamar Arca do Testamento e Martelo dos hereges. Um ano antes de morrer, veio a Pádua, e, carregado de méritos, aí faleceu com a idade de 35 anos, em 1231. Jesus o estabeleceu no Céu sobre todos os seus bens. Lembrando-nos que António encontrou, por intervenção divina, um livro sagrado que lhe haviam tomado, peçamos a este Santo que nos faça encontrar não só objectos terrestres e perecíveis, mas nos obtenha os socorros espirituais a fim de merecermos gozar dos bens eternos.

Fonte: «Missal Quotidiano e Vesperal», 1940.

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