Das judiarias e mourarias


De certos considerandos de capítulos de Côrtes antigas, deduzo uma coisa: tinha-se, me parece, relaxado um pouco a sequestração absoluta do elemento mouro; tinha insensivelmente havido mistura gradual de mouros e judeus com a colmeia cristã; por isso as Côrtes de Elvas, em 1361 (Era 1399), representavam a El-Rei D. Pedro que disso provinham algumas coisas desordenadas, de que os cristãos recebem escândalo e nojo; ao que ele respondeu determinando que essas raças infectas morassem em lugar apartado, como as antigas leis lhes impunham.

Júlio de Castilho in «Lisboa Antiga», volume III, 1885.

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