Abril águas mil, coadas por um mandil.
Abril frio, pão e vinho.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
A ti chova todo o ano, e a mim chova Abril e Maio.
Altas ou baixas, em Abril vêm as Páscoas.
Do grão te sei contar, que em Abril não há-de estar nascido, nem por semear.
Em Abril queijos mil, e em Maio três ou quatro.
Em Abril vai onde hás-de ir e torna ao teu covil.
Frio de Abril, nas pedras vai ferir.
No princípio ou no fim, Abril soe ser ruim.
Por todo Abril, mau é descobrir.
Sono de Abril, deixa-o a teu filho dormir.
Fica-te embora mundo, deixar-me-ás Abril e Maio.
Uma água de Maio, e três de Abril, valem por mil.
Por Abril dorme o moço ruim, e por Maio o moço e o amo.
Entre Abril e Maio, moenda para todo o ano.
Quem me vir e me ouvir, guarde pão para Maio e lenha para Abril.
A rês perdida, em Abril cobra a vida.
As manhãs de Abril são doces de dormir.
Fonte: «Vocabulário Português e Latino», Tomo I, 1712.
1 comentário:
Costumava ouvir a minha avó dizer também muitas vezes que Abril mete a velha no covil.
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