A Maçonaria odeia Joana d'Arc


A heroína de sua Pátria, a quem a França deve tantos sacrifícios, é detestada pela Maçonaria, porque foi uma santa e porque foi patriota. A Maçonaria nem é santa, nem patriota. Capaz de cravar um punhal no coração de seu irmão e concidadão, não se dedigna de abraçar ainda no campo de batalha, um inimigo que trame contra a independência e liberdade de sua Pátria, quando lhe fareje a insígnia maçónica.
Quando os filhos da França sentiram em suas veias escaldar-lhe o sangue do entusiasmo e da gratidão para com sua libertadora, e a Nação pediu em milhares de assinaturas a consagração de uma festa nacional a Joana d'Arc, a Maçonaria pôs-se logo em campo, e um inimigo da pátria de Clóvis e S. Luís, o pontífice maçon Lemmi, passou uma circular em que ordenava que atacassem sem descanso, nem intermitência, a festa da libertadora de França.
Este ano o grito de guerra já foi de novo lançado pela loja La Clémente Amitié que precedentemente se houvera posto à testa do movimento.
O Governo, que é dos apaniguados das lojas, presta-lhes também seu dócil apoio.
Corre já que o Ministério enviou instruções secretas aos chefes de serviço de seus respectivos departamentos, para que nem os oficiais do Exército, nem militares, concorressem oficialmente às festas que o povo francês tenciona celebrar em honra da grande heroína.

Fonte: «Voz de S. António: Revista Mensal Ilustrada», 2º Ano, Nº 19, Julho de 1896.

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