Escapulário


Escapulário dos Religiosos é uma tira larga de pano que os Religiosos trazem sobre o hábito, e que dos ombros desce ao longo do peito e das costas.
Para os simples fiéis o escapulário consta de dois bocados de pano unidos por dois cordões que se suspendem ao pescoço, ficando uma parte para o lado do peito e outra para o lado das costas. O escapulário é um distintivo para os fiéis que entram nalguma Ordem Terceira ou Confraria que concede esse privilégio, e ao seu uso andam anexas muitas indulgências. Para as lucrar é necessário receber nos ombros o escapulário, benzido por Sacerdote que tenha a faculdade de o benzer, trazê-lo ao pescoço dia e noite, e ter o nome inscrito no Registo da Ordem Terceira ou da Confraria. Só o primeiro escapulário – o da imposição – tem de ser benzido; qualquer outro que o substitua não carece de bênção, excepto o das Ordens. O escapulário de algumas Associações pode ser substituído por uma medalha de metal, tendo de um lado a imagem do Coração de Jesus, e do outro lado a imagem de Nossa Senhora. A medalha tem de ser benzida por quem tem o privilégio de benzer o escapulário.
Aquele que tendo recebido o escapulário, o tivesse deixado, mesmo por tempo considerável, não carecia de nova imposição (a não ser que o tivesse repelido por desprezo ou impiedade), para tornar a trazê-lo e lucrar as Indulgências. Estando deteriorado o escapulário, ou tendo-se perdido, é preciso substituí-lo por outro igual, quer benzido quer não. A medalha que substitui o escapulário pode trazer-se ao pescoço ou de outro modo qualquer, e, se for perdida, deve ser substituída por outra, que há-de ser benzida.

Pe. José Lourenço in «Dicionário da Doutrina Católica», 1945.

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