No dia 29 do corrente, a Santa Igreja celebrará a festa de
São Miguel Arcanjo. Outrora, esta data era muito vivamente assinalada na
piedade dos fiéis. Hoje em dia, infelizmente, poucos são os que a tomam como
ocasião especial para tributar culto ao Príncipe da Milícia Celeste.
Entretanto, como veremos, o culto de São Miguel, actual para todos os povos em
todos os tempos, tem títulos muito especiais para ser praticado com particular
fervor em nossos dias...
São Miguel é o modelo do guerreiro cristão, pela fortaleza
de que deu prova atirando ao inferno as legiões de espíritos malditos. É ele o
guerreiro de Deus, que não tolera que em sua presença a Majestade divina seja
contestada ou ofendida, e que está pronto a empunhar a qualquer momento o
gládio, a fim de esmagar os inimigos do Altíssimo. Ensina-nos ele que não basta
ao católico proceder bem: é seu dever combater também o mal. E não apenas um
mal abstracto, mas o mal enquanto existente nos ímpios e pecadores. Pois São
Miguel não atirou ao inferno o mal enquanto um princípio, uma mera concepção da
inteligência, e nem princípios e concepções são susceptíveis de serem queimadas
pelo fogo eterno. Foi a Lúcifer e a seus sequazes que ele atirou no inferno,
pois odiou o mal enquanto existente neles e amado por eles.
Vivemos em um tempo de profundo liberalismo religioso.
Poucos são os cristãos que têm ideia de que pertencem a uma Igreja militante,
tão militante na Terra quanto militantes foram no Céu São Miguel e os Anjos
fiéis. Também nós devemos saber esmagar a insolência da impiedade. Também nós
devemos opor uma resistência tenaz ao adversário, atacá-lo e reduzi-lo à
impotência.
São Miguel, nesta luta, não deve ser apenas nosso modelo,
mas nosso auxílio. A luta entre São Miguel e Lúcifer não cessou, mas se estende
ao longo dos séculos. Ele auxilia todos os cristãos nos combates que empreendem
contra o poder das trevas.
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