Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum. Benedicta tu in
mulieribus, et benedictus fructus ventris tui, Iesus. Sancta Maria, Mater Dei,
ora pro nobis peccatoribus, nunc, et in hora mortis nostrae. Amen.
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Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 declarou
el-rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira
do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o
tributo anual de 50 cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os
estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem
defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Não foi D. João IV o primeiro
monarca português que colocou o reino sob a protecção da Virgem, apenas tornou
permanente uma devoção, a que os nossos reis se acolheram algumas vezes em
momentos críticos para a pátria. D. João I punha nas portas da capital a
inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora,
como o seu esforçado companheiro D. Nuno Álvares Pereira levantava a Santa
Maria o convento do Carmo. Foi por provisão de 25 de Março do referido ano de
1646 que se mandou tomar por padroeira do reino Nossa Senhora da Conceição. (...) O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro
de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora
da Conceição por D. João VI sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa
crença antes de ser dogma. Em 8 de Dezembro de 1904 lançou-se em Lisboa
solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário
da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e
autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora
da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da actual freguesia
dos Anjos, que foi instituída em 1589.
1 comentário:
Nossa Senhora Virgem Maria é, simplesmente, o único ser humano mais bem-aventurado que alguma vez existiu. E é, depois de Jesus Cristo (que é perfeito em tudo por ser Deus feito Homem), o único ser humano mais perfeito que o mundo alguma vez conheceu. Só não pôde ser perfeita de forma plena como Deus porque ela não é divina. Por muito que haja quem, de forma de ignorância crónica, entenda isso como uma idolatria.
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