A Crónica de Afonso III mostra-nos o sentido que na corte ásturo-leonesa se dava à obra da Reconquista; nela, o reino ásture reivindicava o seu carácter de sucessor do reino visigodo de Toledo, cuja queda se justificava pelo estado de pecado em que se encontravam os reis e sacerdotes daquele reino nos seus últimos tempos. Assim, o reino ásture iniciava a Reconquista sob o signo do Cristianismo. Já na Crónica de Albelda, os Ástures aparecem claramente identificados com os cristãos e a expansão do reino ásture com a da Igreja.
Adaptado de «História Universal», Volume II, Publicações Alfa, 1985.
1 comentário:
Gosto particularmente da frase: "cuja queda se justificava pelo estado de pecado em que se encontravam os reis e sacerdotes daquele reino nos seus últimos tempos". Pois, por um lado, mostra a grande devoção dos antigos, os quais procuravam sempre ler os acontecimentos à luz da Fé; e por outro, justifica a conquista moura com o estado de imoralidade e desordem que se abateu sobre o Reino Visigótico.
Enviar um comentário