No 633º aniversário da Batalha de Aljubarrota


Frei Nuno recebeu o embaixador de Castela, em sua cela, amortalhado no hábito.
Nunca mais despireis essa mortalha? – perguntou-lhe o castelhano.
Só se el-Rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal...
E erguendo-se:
Em tal caso, enquanto não estiver sepultado, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu o ser.
Por baixo do escapulário, tinha o arnês vestido.
O castelhano, curvando a cabeça, saiu.

João J. Brandão Ferreira in «D. Nuno Álvares Pereira: Um Português de Excepção», 2009.

§

Santo Condestável do Reino de Portugal, o Beato Nuno de Santa Maria nasceu no dia de São João Baptista em 1360 e morreu no dia de Todos-os-Santos em 1431. Foi beatificado há um século, a 23 de Janeiro de 1918.

4 comentários:

Anónimo disse...

Sobre Aljubarrota e o Santo Condestável isso é o melhor que sabe dizer?

Pedro Oliveira

VERITATIS disse...

Deve andar esquecido... ou então não costuma acompanhar o blogue...

Anónimo disse...

Belíssima anedota... até porque alguns proponentes da Hispanidade dizem que o Santo Condestável tornou-se sacerdote porque se tinha arrependido do seu papel na Batalha de Aljubarrota! Eu li essa barbaridade uma vez, num artigo repleto de calunias contra Portugal e os portugueses...

VERITATIS disse...

Esta "anedota" vem relatada na Crónica dos Carmelitas do Frei José Santana. E o Beato D. Nuno, aqui já no convento, não parece arrependido de ter defendido Portugal da agressão castelhana. Nem podia... porque a defesa do Rei e do Reino é uma virtude.

«...enquanto não estiver sepultado, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu o ser.»