Abordemos o problema mais de perto. Em que reconhecemos, sobretudo, a presença de Satanás? É ao Evangelho, fonte de toda a clareza, que convém perguntar.
Jesus Cristo disse sobre Satanás uma certa quantidade de coisas que devemos reunir e meditar.
Falando aos fariseus, que não cessavam de acusá-Lo, disse um dia: "Vós tendes por pai o demónio, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não permaneceu na verdade; porque a verdade não está nele. Quando ele diz a mentira, fala do que é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." (João, VIII, 44).
Acaso isto não está suficientemente claro?
Se queremos saber como se manifesta a presença de Satanás entre nós, no próprio dia em que nos encontramos, tratemos de discernir as grandes mentiras destes tempos, por um lado, e os progressos alcançados na arte de matar os homens, por outro.
Quanto mais uma época está embebida em mentiras, quanto mais seja tida em menor consideração e seja esmagada a vida dos homens sob a ameaça da morte, mais estará aí Satanás!
Podemos duvidar destes dois pontos? A mentira e o homicídio são os dois sinais da presença de Satanás. Não corremos, pois, o risco de nos enganarmos ao afirmar esta presença no coração das principais mentiras e das principais ameaças de morte que comprovamos neste momento.
(...)
A negação de Deus é o primeiro e mais grave dos embustes do nosso mundo actual. Mas não é o único. Estamos submersos na mentira, ao ponto de respirá-la sem quase darmos conta.
E o sinal desta mentira é a contradição.
(...)
Mentira e contradição, tal é o primeiro sintoma da presença de Satanás no mundo moderno.
Mons. Léon Cristiani in «Présence de Satan dans le monde moderne», 1959.
2 comentários:
E mais grave que matar o corpo, é matar a alma.
É isso mesmo! A forma mais refinada de matar consiste em matar a alma sem matar o corpo, nomeadamente através da mentira, do engano, da falsificação, da corrupção, da degeneração, do escândalo.
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