A Pátria é a terra que nossos pais nos legaram; é esta gleba riscada à ponta de lança e firmada à força de fé por ínclitos avós que a legaram inteira e sagrada ao gozo de seus netos; é um património de virtudes morais, de tesouros que recebemos de nossos maiores e que devemos transmitir, enriquecido, às gerações futuras. A Pátria é o passado, o presente e o futuro do mesmo povo. É uma fonte de riquezas e de alegrias.
(...)
A causa do amor da Pátria – está na paternidade – pertencemos à Pátria pelas raízes paternas. Amamos a Pátria, diz alguém, porque vimos aí um sorriso nunca mais visto, e bebemos aí um afecto nunca olvidado – o afecto e o sorriso de nossas mães.
– «A fé viva dos nossos pais reverentes aos mesmos altares e genuflexos ao mesmo Deus», é o que prezamos de mais precioso e mais belo.
– Se a terra-pátria, por mais modesta que seja, vale para nós o universo é porque «encerra uns ossos a que nos prende a alma, e entesoura umas cinzas que nos cristalizam a memória, os ossos e as cinzas de nossos pais».
– «O túmulo assemelha-se a um altar, as lágrimas que aí se vertem, as preces que aí ciciam, as flores que aí rescendem não se dirigem a uma vulgaríssima poeira, dirigem-se e elevam-se à Pátria celeste, até ao trono de Deus Clementíssimo que dá às almas o descanso eterno e a luz do perpétuo esplendor».
Cón. Júlio António dos Santos in «O Crucifixo», 1942.
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