Eleições Populares – Termo ilusório. O Povo tem direito de eleger seus Representantes. O Povo não pode errar nesta eleição, etc. Pois veja Vm. aqui que o Povo de Bolonha, Modena e Ferrara, elegeu os seus, porém não elegeu ateus, malvados, nem franchinotes: ei-lo aqui subitamente declarado incapaz de eleger. Anulam-se as eleições feitas, e pelo bem do mesmo Povo, que não sabe o que se faz, tem a tirania maçónica que tomar o improbo trabalho de fazer umas novas e verdadeiras eleições à democrática. – Porém, como é isso! O Povo é que tem o direito de eleger. – Optimamente: porém os tiranos têm o de cassar, e anular as eleições, que o Povo faz. – Senhor, que não concorda a dança com o pandeiro. – Valha-te o diabo por agoureiro! Se não concorda, a Filosofia democrática sabe o segredo de fazer concordar. – Portanto, em resumo de contas, a Soberania do Povo consiste em eleger seus Deputados, e vê-los logo depois anulados, desterrados, e metidos em cárceres? Pois então claro fica e demonstrado que a Soberania do Povo democrático é uma coisa bastante irrisória e fantástica.
D. Frei Fortunato de São Boaventura in «Novo Vocabulário Filosófico-Democrático, indispensável para todos os que desejem entender a nova língua revolucionária», Nº 2, 1831.
3 comentários:
Democracia é uma fraude que apenas os distraídos apoiam.
Stalin estava certo: "O importante não é quem vota, mas quem conta os votos"
A democracia é quantitativa: "metade mais uma unidade". Lindo critério!! enfim...
Enviar um comentário