Nos republicanos do século XX, não há apenas a inconsciente voz do sangue, unindo-os numa única fórmula política, por fenómenos de simpatia, e movendo-os contra o Estado e contra a Igreja, por inconscientes fenómenos de antipatia! Há mais alguma coisa, há a tradição, há a continuidade educativa! Não digo tradição de se ser hebreu (tradição que a maioria tem perdido) mas de liberalismo combativo contra os dominadores de Portugal, contra o Clero e contra a Realeza! Portanto, além da inconsciente voz do sangue, há a tradição, o continuado exemplo, a educação: – O republicano recebeu no lar a educação do seu pai liberal, e de uma liberdade passou a duas; o liberal recebeu no lar os princípios libertários do pai cristão-novo, e de meia liberdade passou a uma. O cristão-novo recebeu o sangue e o ensino do pai judeu! Enfim se vê, como as ligações dos actuais revolucionários aos judeus das comunas, é mais continuada e cheia, e com maior extensão, do que à primeira vista pode parecer.
Mário Saa in «A Invasão dos Judeus», 1924.
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