Sto. Atanásio, Bispo de Alexandria, grande defensor da verdadeira Fé, combateu toda a vida a heresia ariana. Negando a divindade do Verbo, os arianos consideravam Cristo um simples homem, apenas mais elevado pela graça do que os outros. Sto. Atanásio participou no Concílio de Niceia, em 325, e manteve-se até ao fim defensor da Fé definida pelo Concílio. A Igreja venera nele um dos seus maiores doutores. A epístola e o evangelho da Missa evocam bem as perseguições que teve de suportar, para manter a verdadeira doutrina sobre a pessoa de Cristo: esteve cinco vezes no exílio, afastado da sua igreja. Morreu em Alexandria, em 373, depois de um longo exílio de 46 anos.
Fonte: «Missal Romano Quotidiano», 1963.
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Por permanecer fiel à doutrina da Igreja, Santo Atanásio foi ainda "excomungado" três vezes pelo Papa Libério, que estava comprometido com a heresia ariana. Apesar das suas atitudes reprováveis, Libério figura no catálogo dos Papas. Donde se conclui que se pode favorecer a ruína da Igreja e a propagação de heresias, e no entanto continuar a ser o legítimo Pontífice Romano. Uma importante lição para os nossos dias.
19 comentários:
Libério, liberais, liberalismos.... coincidência não???
O antigo desejo do homem de ser livre sem Deus!!!
Quis Deus que o Papa que "excomungou" Santo Atanásio se chamasse Libério. Ironias da vida.
Porque usa a palavra excomunhão entre aspas? Santo Atanásio não foi mesmo excomungado?
Uso aspas porque foram excomunhões inválidas. Não havia matéria para excomungar Santo Atanásio. Ele apenas guardou a verdadeira Fé e a defendeu mesmo contra a autoridade do Papa.
Muito boa a afirmação final feita pelo dono desta página. De fato, há momentos na história que os líderes religiosos se voltam contra os fiéis de verdade a fim de prová-los. Se no campo religioso isso acontece imagina no político. A judiaria, que vive a esperar o Messias a cair do céu na data que eles determinam de antemão, não entende isso e vive a reclamar da vida. Nesta pandemia tá uma festa de reclamações e choradeira, um verdadeiro show de horrores. Nós que somos católicos aprendemos a lidar com situações assim desde o começo de nossas vidas.... eu me lembro que quando criança eu não via a hora das missas acabar porque achava aquilo chato pra caramba e hoje eu não vivo sem elas. Mas, enfim, é triste ver o que virou a humanidade longe do catolicismo, um bando de crianças a reclamar da vida, às vezes até inventando casos pra justificar suas fraquezas. Muitos caem num naturalismo boboca fugitivo da realidade também inventando que a saída é ir pro mato acampar com topeiras e tatus. Se você quer reclamar das injustiças o faça legitimamente em particular com seus conhecidos e não publicamente porque os poderosos vão se voltar contra você - Romanos 13. Santo Atanásio e São Pio de Pietrelcina o fizeram e hoje gozam das maravilhas celestes porque entenderam que as provações são para nosso bem. Querem mais um exemplo, nosso mestre Jesus Cristo - sua única reclamação se deu em particular no alto da cruz, o famoso "Pai, porque me abandonastes". Como bem nos ensina o Salve Rainha esta vida é um vale de lágrimas e não um paraíso como os liberais querem nos fazer engolir por meio de trapaças contra o pai igual um judeuzinho chamado Jacó (este depois virou homem de verdade depois de muito sofrer). No liberalismo Jacó fugiu de Esaú, encontrou-se com um banqueiro, montou um esquema de lavagem de dinheiro das tribos vizinhas que aceitaram a usurpação em troca de celulares, fast-foods e notebooks, endividou Labão sem trabalhar pra ele e conquistou Raquéis e Lias na pura arte da sedução e vagabundagem. Triste contrassenso, realidade invertida. Urge chamar os reis da terra contra essa inversão da realidade e recriarmos a realidade tal como ela é, ou seja, sofrida e recompensadora!!!
Os primeiros cristãos não sonhavam em reformar o sistema judicial do Império Romano, mas sim, com todas as suas forças, em ser capazes de enfrentar as feras; e em contemplar com horror, no imperador Nero, o monstruoso poder do diabo sobre o homem.
Pe. Leonardo Castellani
Temos que ter em atenção um detalhe único na história da Igreja, que nos coloca num momento de ameaça à Fé sem precedentes: vivemos sob um falso concílio que inaugurou uma sucessão de papas ilegítimos. A Igreja eclipsou-se. Os mártires de hoje não serão sequer notados pelos próprios irmãos na Fé.
O Concílio Vaticano II inaugurou uma sucessão de Papas ilegítimos? Como é que chegou a essa conclusão? É que a conclusão não decorre das premissas.
Um Papa ilegítimo é um Antipapa. E um Antipapa é alguém que foi eleito Papa ilegalmente. Mas está por explicar, e provar, que Francisco ou Paulo VI foram eleitos de forma ilícita. E se estes são ilegítimos, quem são os legítimos?
Irmãos na Fé? Afinal há, ou não há, uma grande apostasia? Parece querer dizer que os verdadeiros católicos são uns poucos e termina a chamar "irmãos na Fé" a quem não guarda a Fé? Não quer clarificar?
Antes de todos, João XXIII, foi o homem que abriu a janela ao mundo. Sabe-se que era maçom e que apoiou o comunismo sempre que pôde. Convocou um concílio onde nenhum dogma foi declarado, onde nenhuma heresia foi condenada. Com esse concílio a Igreja eclipsou-se e tudo o que daí veio foram trevas. Como católico, tremo ao escrever isto, mas é este o tempo que vivemos.
Quando digo irmãos na Fé, considero aqueles que já conseguiram entender e aceitar isto (o que é extremamente difícil), e aqueles que por ignorância, ou até por medo, ainda não o conseguem aceitar. É incrível vivermos sob a ditadura de um Papa que transmite quase zero de doutrina católica e as pessoas ainda acham que isso possa ser normal.
Existem provas de que João XIII era mesmo maçon? Sei que ele chegou a figurar na lista de suspeitos de heresia, que a Maçonaria felicitou a sua eleição papal, que o seu papado foi maçonizante e comunizante, mas desconheço que tivesse sido realmente maçon e comunista.
Já entendi a quem se refere por "irmãos na Fé", mas devemos ter cuidado na forma como nos expressamos, que deve ser o mais objectiva e menos ambígua possível. Irmãos na Fé, ou católicos, devem ser chamados apenas aqueles que objectivamente professam a Fé católica tradicional e imutável. Os "católicos" por mero sentimento não são nossos irmãos na Fé, porque não a têm sequer.
Vivemos tempos de grande ignorância e confusão. A maior parte dos que se dizem católicos nem sequer é culpado por não ter Fé, porque nunca a conheceram ou receberam.
Os frutos e as provas incidem sobre diferentes objectos. E os maus frutos do papado de João XXIII não dispensam as tais provas de que ele tenha sido maçon e comunista. Note que favorecer a maçonismo e o comunismo não é prova de pertença à Maçonaria e ao Partido Comunista. É preciso ter cuidado com as acusações baseadas em meras suposições ou circunstâncias.
Não conheço o Padre Ramiro Ribas, nem sei se ele é catolicamente ortodoxo para que os seus sermões possam ser divulgados publicamente. Por prudência pedia-lhe que não me enviasse mais links publicamente. Hoje em dia todo o cuidado é pouco. Não digo que seja o caso do Padre em questão (que não conheço), mas não quero ser um veículo de propagação de erros.
De qualquer das formas, estamos todos perfeitamente cientes dos problemas com o Concílio e com os Papas pós-1958. Mas por prudência devemos evitar fazer conclusões precipitadas para aquilo que não temos certezas ou que não estamos sequer obrigados. Lembre-se que no juízo particular Nosso Senhor não lhe irá perguntar se o Papa era ou não maçon, mas sim cumpriu os Mandamentos e praticou as Virtudes.
Coloquei apenas esse link, ciente de que se o senhor o considerasse imprudente, o censuraria na caixa de comentários, como julgo que é possível fazer. Se quiser, posso transmitir-lhe outro material por email. Fi-lo por caridade, a mesma com que o senhor nos traz aqui regularmente dos melhores e mais católicos escritos que conheço. Considero o seu blogue um autêntico tesouro. Sei que esta é a questão mais delicada que existe para um católico, na nossa época. Como católicos, a ausência de autoridade, deixa-nos na pior das posições. Para mim é evidente que a Igreja pós-conciliar destruiu o magistério de sempre, e partilhar estas suspeitas com quem é - em princípio católico - é, em meu entender, a prática de uma virtude. Creio que seremos julgados pelo zelo com que guardámos a fé e a levámos ao próximo.
Não leve a mal a minha advertência sobre a difusão de outros conteúdos. É apenas por uma questão de prudência. Nada tenho contra si ou contra o Padre Ramiro Ribas (que não conhecia até ao dia hoje). Mas escutarei a conferência assim que possa. Já o e-mail está sempre disponível para qualquer coisa.
Agradeço as suas amáveis palavras para com o blogue. Certamente imerecidas.
Vivemos tempos muito confusos e conturbados. Não há nada na Igreja que não tenha sido adulterado: Catecismo, Sacramentos, Missa, Direito Canónico, Semana Santa, Via Sacra, Mistérios do Rosário, etc. Já para não falar da multiplicidade de opiniões erróneas entre os católicos: que vai desde a papolatria ao sedevacantismo.
A Igreja sofre a sua Paixão à semelhança de Nosso Senhor. São Pedro e os demais apóstolos e discípulos perderam a Fé após a prisão de Nosso Senhor. Apenas a Santa Virgem, São João Evangelista e Santa Maria Madalena mantiveram a Fé. Hoje na Igreja acontece o mesmo.
Irmãos, nada do que está acontecendo não foi antes anunciado por Nossa Senhora. Agora a moda entre os imbecis anarquistas que adoram ver o circo pegar fogo ( o prazer deles é notar que a política e a religião faliram) é tirar foto com um olho tampado fazendo referência a Zacarias 11,17. Palhaços de circo sempre existiram, é só montar a tenda que eles brotam feito joio no trigo!
Onde eu disse faliram entendam "passam por maus lençóis".
Apostasia,
Só agora reparei no link que publicou, em que o Padre em questão escreve que João XXIII «usurpó taimadamente la Sede de Pedro», alegação que eu não posso aceitar e que nos remete para a primeira resposta que lhe dirigi:
O Concílio Vaticano II inaugurou uma sucessão de Papas ilegítimos? Como é que chegou a essa conclusão? É que a conclusão não decorre das premissas.
Um Papa ilegítimo é um Antipapa. E um Antipapa é alguém que foi eleito Papa ilegalmente. Mas está por explicar, e provar, que Francisco ou Paulo VI foram eleitos de forma ilícita. E se estes são ilegítimos, quem são os legítimos?
Assim sendo, terei de eliminar o comentário com o link.
Explicando: Uma coisa é um Papa legítimo ruim
Outra coisa é um falso papa que ensina o erro.
Nicai,
A Igreja teve vários Antipapas até ao século XV, que até podem ter ensinado a verdade sem mácula, mas que não deixaram de ser Antipapas por isso. O Antipapa é alguém que reclama o Papado, não tendo sido legitimamente eleito Papa.
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