Todos os Estados, todas as Famílias, todos os Grupos ou Organismos são mais ou menos racistas, segundo a força da sua constituição, e a consciência que têm da sua missão. Isto é, defendem-se, repelindo do seu meio, tudo quanto seja portador de gérmenes de decomposição ou dissolução. É a luta pela vida. É a aplicação do preceito evangélico relativo aos ramos estéreis das vides (Segundo S. João, XV, 6); é a aplicação da doutrina de S. Tomás (II da II, quest. XI, artigo 3).
Se os nativos de Angola, ou da Guiné, se infiltrassem em doses maciças na Sociedade portuguesa, e, por seus cruzamentos, a ameaçassem de se abastar, tingindo-a, deformando-a, e anulando-lhe a sua consciência histórica, não tinha o governo responsável por obrigação indeclinável barrar tal infiltração, e defender a pureza do nosso sangue e da nossa consciência nacional? Que são senão medidas racistas, as limitações à imigração que certos Estados decretam?
Não. Não se confunda o que é inconfundível. Não se caricature, para não se desvirtuar, o que se pretende julgar. (...) Ninguém me poderá condenar por eu tentar impedir que a minha Pátria se dissolva, pela mestiçagem biológica, ou pela invasão de não-portugueses que ocupem todas as posições-chave das actividades nacionais – nas Universidades, nos Bancos, nas Empresas, na Administração, nos Tribunais, na Indústria, nas Oficinas.
Alfredo Pimenta in «Contra o Comunismo: Análise comparativa das Encíclicas Mit brennender Sorge e Divini Redemptoris», 1944.
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