Ditador. Soberano magistrado na antiga Roma, que o Senado elegia nas urgentes necessidades da República e cujo poder acabava com a causa que lhe dera o ser, ou quando muito durava seis meses. Desta suprema dignidade não havia apelação. O primeiro que logrou este título foi Tito Lárcio Flavo, que por ter aplacado uma sedição, conseguiu esta honra, ano da Fundação de Roma duzentos e cinquenta e seis. E como Roma, depois de lançados os Reis, sempre se regera por dois Cônsules, que acabavam cada um ano, ficou o povo com receio, vendo o senhorio da sua liberdade em mão de uma só pessoa, mas tornou a se aquietar com a notícia da brevidade deste cargo, que só em Sila e em Júlio César foi denominado Perpétuo. (...)
Ditador. O cavalo de César, chamado o Ditador, tinha os pés fendidos a modo de pés humanos. Quando este nasceu, tinha César o governo de Portugal, foi murzelo [=cavalo preto]. Não consentiu que se pusesse nele [montar], senão o mesmo César. Galvão, Tratado da Gineta, pág. 18.
Pe. D. Rafael Bluteau in «Vocabulário Português e Latino», Tomo III, 1713.
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