Frei João da Barroca tomou o sobrenome de uma concavidade, que mandou abrir junto ao Convento de São Francisco de Lisboa, e nela se fez entaipar, deixando só uma pequena fresta para a luz e para a respiração, e na mesma, sem mais sair dela, perseverou até à morte no longo espaço de dezasseis anos, renovando, por seu modo, a memória do famosíssimo Estelita. Ali era buscado como Oráculo do Céu: Ele foi o que animou ao Mestre de Avis à dificultosa empresa da defesa do Reino, e lhe vaticinou a vitória e a coroa. Passou neste dia [6 de Janeiro] a gozar o prémio que não tem fim, ano de 1400.
Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744.
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