A Revolução e o Beato Pio IX


Em 1815 escrevia José de Maistre: «A Revolução Francesa é satânica, e a Contra-Revolução é inútil, se não for divina». E na verdade, a divisa da Revolução é a derradeira palavra de Satanás Non serviam! Para quem a seguisse até ao fim, sem parar a meio caminho, nos compromissos que a mesma lógica reprova, conheceria que a Revolução tinha absoluta negação do direito de mandar e do dever de obedecer. Nada mais de governo que falasse em nome das eternas leis da Justiça: a lei suprema era a vontade individual do homem: nada mais de Deus, pelo menos não se quer saber do Deus sindicador dos actos da humanidade: cada indivíduo é o seu próprio Deus.
Pio IX foi o pontífice providencial, o escolhido para opor a esse delírio do espírito moderno as imutáveis afirmativas do Cristianismo. Era ele que devia desmascarar o monstro, arrastando-o à plena luz, e fazendo ver aos povos assombrados o sinal da besta que tinha na fronte. Ora, tornar conhecida a besta era vencê-la; mas não decerto, sem que a luta findasse. Debaixo da sua máscara liberal, Satanás chegou quase a fascinar a humanidade, e a Igreja vê-se na necessidade de reconquistar o mundo como nos séculos pagãos.

Jacques-Melchior Villefranche in «Pio IX: sua vida, sua história e seu século», 1874.

4 comentários:

Anónimo disse...

Saudações,

Qual é o propósito deste site? Aparentam-me ser várias traduções de vários trechos, completos ou não, de publicações em revistas de época (principalmente do meio do século XIX ao começo do século XX) de teor católico tradicional. Estou correto? São recolhidas, traduzidas e publicadas por algum humano ou por algoritmos computacionais?

Fica as perguntas.

VERITATIS disse...

Anónimo,

Saudações!

Veritatis é significa "Da Verdade". Este é um blogue português de Tradição, fundado em 2011 com o propósito maior de repor a Verdade em falta – defendendo a Fé, a Pátria, a Civilização.

Publicam-se textos maioritariamente portugueses, de valor, exemplo, e referência, para as gerações presentes e futuras, lidos e extraídos à mão pelo autor de VERITATIS pro bono.

Espero que o Anónimo não se fique pela mera curiosidade e deseje com sinceridade aprofundar-se no espírito dos textos publicados.

Volte sempre (e de preferência identificado com nome ou com pseudónimo).

Anónimo disse...

Agradecido pela pronta resposta.

Venho como anônimo pois não possuo uma conta no serviços da empresa Google. Eu já salvei o site para futuras leituras.

Enfim, obrigado, novamente, pela resposta. Que Cristo abençoe a(s) alma(s) envolvidas no projeto.

Como despedida deixo uma recomendação musical: Marc-Antoine Charpentier, In honorem Sancti Xaverij canticum, H.355.

Viva Cristo!

VERITATIS disse...

Grato pelas simpáticas palavras. Vou fazendo conforme vou podendo.

Se não quiser assinar com o seu nome, não há qualquer problema. Peço no mínimo um pseudónimo, por razões práticas, para saber quem me fala e a quem me dirijo nos comentários. É possível usar essa opção se escolher comentar com "Nome/URL".

Obrigado pela recomendação musical.

Viva!