Ser católico português e republicano?


Na véspera da Batalha de Ourique, Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu milagrosamente a D. Afonso Henriques, dizendo:

Eu Sou o fundador e destruidor dos Reinos e Impérios, e quero em ti, e teus descendentes, fundar para Mim um Império, por cujo meio seja Meu Nome publicado entre as nações mais estranhas. E para que teus descendentes conheçam quem lhes dá o Reino, comporás o escudo de tuas armas do preço com que Eu remi o género humano, e daquele porque fui comprado dos Judeus, e ser-Me-á Reino santificado, puro na fé e amado por Minha piedade.

Temos, então, que Portugal é por definição ontológica um Reino Católico, fundado pelo próprio Deus sobre D. Afonso Henriques e a sua directa e legítima descendência. Donde se conclui que o Catolicismo e a Monarquia são parte da essência e indissociáveis do ente chamado Portugal.

Portanto, para um católico português pretender ser republicano, terá que:

1. Negar a aparição milagrosa de Jesus Cristo a D. Afonso Henriques, chamando de mentiroso ao nosso primeiro Rei, e a todos os que testemunharam em seu favor, nomeadamente São Teotónio, confessor de D. Afonso Henriques e primeiro santo português. (Se não negar o facto do milagre, terá pelo menos que negar a fundação divina do Reino de Portugal, dizendo que Deus mentiu, ou enganou, quando edificou uma Monarquia sobre D. Afonso Henriques).

2. Dizer que a Igreja se enganou quando deu crédito ao Milagre de Ourique, e quando declarou D. Afonso Henriques como Venerável. Pois se o Milagre de Ourique é uma mentira, então D. Afonso Henriques nunca poderia ser digno de heroicidade nas virtudes, tal como reconheceu a Igreja ao proclamá-lo Venerável.

3. Dizer que os nossos antepassados estavam enganados, e que Portugal foi um erro até 1910, ano em que finalmente viu a "luz". Ou seja, Portugal só passou a existir verdadeiramente a partir de 1910, uma vez que antes disso só havia erro e engano.

4. Entrar em rebelião contra Deus, a Igreja, a Pátria e os Antepassados. Pecar contra o 4º Mandamento, que nos manda honrar pai e mãe, e outros legítimos superiores.

Assim, conclui-se que é impossível um católico português ser republicano. Trata-se de uma contradição moral e ontológica. Haverá uns que são republicanos por ignorância, mas também haverá outros que o são por culpa própria. Estes últimos não são portugueses verdadeiramente, uma vez que se colocam na posição de inimigos de Portugal, contradizendo uma verdade conhecida como tal.

3 comentários:

Anónimo disse...

E há que recordar que Nossa Senhora da Conceição é Raínha de portugal!

Genário Silva disse...

Eu, a tentar convencer uma página "monarquista" brasileira do grande erro que é defender uma "monarquia" laica e parlamentarista:


o Imperio das Américas:

E o Poder Moderador, senhor? Você está se esquecendo do principal. O Imperador não será um enfeite. Você está mais preocupado com religião do que com bem estar do pais

Genario Silva:

E a religião fundadora do nosso pais, trazida nas caravelas, não representa nada nessa monarquia" faz-de-conta de vocés? Seu discurso não é de um monarquista, mas de um desgraçado comunista, senhor.

o imperio das Americas:

Genário Silva Ignorante é você, REPUBLICANO enrustido! Você vive numa realidade alternativa, onde existe apenas uma religião no Brasil. Eu também sou católico, mas um pouco de racionalidade me faz enxergar facilmente a inviabilidade de privilegiar apenas uma religião. Você não é monarquista. Está preocupado apenas com sua religião. Você merece a República que tem.


Eu é que, na visão desse "monarquista", sou um republicano...

VERITATIS disse...

Anónimo,

Pois claro!


Genário Silva,

Enfim, liberalismos...