Fixando a nova festa num domingo, quisemos que o clero não fosse o único a prestar as suas homenagens a Cristo Rei, com a celebração do Santo Sacrifício e a recitação do Santo Ofício, mas que o Povo, desimpedido de suas ocupações ordinárias, e animado de santa alegria, pudesse dar a Cristo, como a seu Senhor e Soberano, um manifesto testemunho de obediência. Finalmente, mais apropriado Nos pareceu o último domingo de Outubro, porque este domingo, em certo modo, encerra o ciclo do ano litúrgico; assim, os mistérios da vida de Jesus Cristo, comemorados no decorrer do ano que finda, terão na solenidade de Cristo Rei como que o seu termo e coroa, e antes de celebrar a glória de Todos os Santos, a liturgia proclamará e enaltecerá a glória d'Aquele que em Todos os Santos, e em todos os eleitos, triunfa. É dever, é direito vosso, Veneráveis Irmãos, fazer preceder a festa por uma série de instruções que se dêem, em dias determinados, nas diferentes paróquias, para instruir acuradamente o Povo, da natureza, significado, e importância desta festa, por onde os fiéis regulem a sua vida, em modo a torná-la digna de súbditos leais, e submissos de coração, à soberania do Divino Rei.
Papa Pio XI in encíclica «Quas Primas», 11 de Dezembro de 1925.
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